Estimativa do estoque de carbono em fragmentos de floresta de restinga em regeneração.

Abstract

As florestas tropicais são de grande importância na mitigação das mudanças climáticas e armazenam aproximadamente 229 bilhões de toneladas de carbono na vegetação e no solo. A Mata Atlântica e seus pequenos fragmentos restantes, desempenham papel importante no estoque e sequestro de carbono na vegetação, sendo imprescindível a conservação e restauração ecológica desse ecossistema. Nesse contexto, este estudo teve como objetivo estimar biomassa aérea acima do solo e o estoque de carbono nas florestas de restinga da Fazenda Experimental da Ressacada, em Florianópolis, SC. Amostramos a vegetação arbórea de 6 fragmentos em parcelas de 20m x 20m (400 m2) nos anos de 2022 e 2024. Medimos o diâmetro do tronco de todos os indivíduos arbóreos e estimamos a biomassa aérea. A pesquisa revelou que as florestas de restinga em 2022 tinha uma Biomassa viva Acima do Solo (BAS) média de 126,12 Mg/ha com um desvio padrão de 25,8 na vegetação arbórea e em 2024 tem uma Biomassa viva Acima do Solo (BAS) média de 177,75 Mg/ha com um desvio padrão 75,1 na vegetação arbórea e apresentou um aumento de 40,69% na BAS após 2 anos. Este incremento de biomassa é atribuído ao aumento no número de indivíduos ao longo do tempo, bem como ao crescimento das árvores, e reflete no sequestro de 25,81 Mg de Carbono por hectare. Existe grande dominância de 5 espécies que são responsáveis por 75% da biomassa aérea e consequentemente tem maior contribuição para o estoque e sequestro de carbono dessas florestas. Nossos resultados indicam, quando comparados com outros estudos, que pequenos fragmentos contribuem significativamente para estocar carbono e conservar a biodiversidade.