Reteste e diagnóstico de triagem auditiva neonatal em um serviço ambulatorial de saúde auditiva de Santa Catarina

Abstract

Introdução: A Triagem Auditiva Neonatal Universal (TANU) desempenha um papel essencial na identificação precoce de perdas auditivas em neonatos. Fatores de risco para deficiência auditiva podem incluir histórico familiar, prematuridade e exposição a substâncias ototóxicas e o comparecimento ao reteste após a TANU é crucial. Melhorias no serviço de TANU podem evitar até 60% dos casos de perda auditiva em recém-nascidos. Objetivo: Verificar o processo de acompanhamento auditivo do reteste da TANU ao encaminhamento para diagnóstico auditivo de neonatos de um Serviço de Saúde Auditiva Ambulatorial (SASA) em Santa Catarina no SUS. Métodos: Este estudo longitudinal retrospectivo analisou dados de neonatos atendidos em um serviço de Saúde Auditiva do SUS de janeiro de 2018 a dezembro de 2022. Foram examinadas informações relacionadas à TANU, taxa de comparecimento no reteste, resultados desse reteste e encaminhamentos para diagnóstico e reabilitação auditiva. Os dados foram analisados no Microsoft Excel® e no software MedCalc® Statistical Software versão 22.006, utilizando medidas estatísticas e análises de regressão para identificar fatores associados a falhas na TANU e reteste, bem como o índice de não comparecimento no reteste. Resultados: verificou-se que 69,9% dos neonatos realizaram o reteste, com uma taxa de falha de 2,6% na orelha direita e 2,2% na orelha esquerda. A idade média das mães dos neonatos foi de 27 anos, porém, aquelas cujos neonatos não passaram no teste tinham uma idade média de 33 anos. O intervalo médio entre o TANU e o reteste foi de 37 dias, enquanto que para os ausentes, esse intervalo aumentou para 54 dias. A falta de aprovação no reteste e um intervalo mais longo entre o TANU e o reteste estiveram associados às IRDAs. Conclusão: A taxa de reteste do Teste de Triagem Auditiva Neonatal Universal (TANU) foi notavelmente baixa, especialmente entre mães mais jovens. Diversos fatores, incluindo o intervalo entre os testes, a idade das mães e condições médicas, influenciaram o período em que o reteste foi realizado.

Abstract: Introduction: Universal Neonatal Hearing Screening (UNHS) plays an essential role in the early identification of hearing losses in newborns. Risk factors for hearing impairment may include family history, prematurity and exposure to ototoxic substances and attending retesting after UNHS is crucial. Improvements in the UNHS service can prevent up to 60% of cases of hearing loss in newborns. Objective: Verify the hearing monitoring process from the UNHS retest to the referral for hearing diagnosis of newborns at an Outpatient Hearing Health Service (SASA) in Santa Catarina in the SUS. Methods: This retrospective longitudinal study analyzed data from newborns treated at a SUS Hearing Health service from January 2018 to December 2022. Information related to UNHS, retest attendance rate, retest results and referrals for diagnosis and rehabilitation were examined. auditory. Data were analyzed in Microsoft Excel® and MedCalc® Statistical Software version 22.006, using statistical measures and regression analyzes to identify factors associated with failures in the UNHS and retest, as well as the rate of non-attendance in the retest. Results: it was found that 69.9% of newborns underwent the retest, with a failure rate of 2.6% in the right ear and 2.2% in the left ear. The average age of the newborns' mothers was 27 years old, however, those whose newborns did not pass the test had an average age of 33 years old. The average interval between the TANU and the retest was 37 days, while for absentees, this interval increased to 54 days. Failure to pass the retest and a longer interval between TANU and retest were associated with IRDAs. Conclusion: The Universal Newborn Hearing Screening Test (UNHS) retest rate was remarkably low, especially among younger mothers. Several factors, including the interval between tests, the age of the mothers and medical conditions, influenced the period in which the retest was performed.