Estudo preliminar sobre sacarificação da casca de soja não tratada para produção de açúcares fermentáveis

Abstract

A sacarificação é um processo crítico que transforma biomassa lignocelulósica, como cascas de soja, em açúcares fermentáveis, que são necessários para produzir biocombustíveis. Enzimas como celulases e hemicelulases colaboram neste processo para decompor as estruturas complexas da biomassa. O uso de cascas de soja, um subproduto substancial e anteriormente subutilizado da indústria alimentícia, ajuda a reduzir o desperdício e a promover o gerenciamento sustentável de recursos agrícolas. Neste estudo, a sacarificação direta de cascas de soja (sem pré-tratamento) é avaliada por meio de uma mistura enzimática composta de celulases, proteases, pectinases e oxidorredutases. Para maximizar a conversão enzimática da biomassa lignocelulósica sem a necessidade de pré-tratamento, o objetivo principal era produzir açúcares fermentáveis. Embora a biomassa não tenha sido pré-tratada antes da hidrólise enzimática, os resultados dos testes foram considerados promissores. O procedimento demonstrou o potencial da casca de soja crua como matéria-prima viável ao produzir 19,8 ± 4,2 g∙L-1 de glicose e 9,8 ± 2,0 g∙L-1 de xilose em dois dias, uma quantidade respeitável de celulose e hemicelulose dissolvidas. Essas descobertas sugerem que o método de sacarificação pode fornecer açúcares fermentáveis ​​suficientes, mesmo na ausência de pré-tratamento, para serem usados ​​em vários produtos de valor agregado.

Saccharification is a critical process that transforms lignocellulosic biomass, such as soybean hulls, into fermentable sugars, which are needed to produce biofuels. Enzymes such as cellulases and hemicellulases collaborate in this process to decompose the biomass complex structures. Using soybean hulls, a substantial and formerly underutilized byproduct of the food industry, helps reduce waste and promote sustainable agricultural resource management. In this study, the direct saccharification of raw soybean hulls is assessed through an enzyme mixture consisting of cellulases, proteases, pectinases, and oxidoreductases. To maximize the enzymatic conversion of lignocellulosic biomass without the requirement for pretreatment, the primary aim was to produce fermentable sugars. While the biomass was not pretreated prior to enzymatic hydrolysis, the testing results were considered promising. The procedure demonstrated the potential of raw soybean hull as a workable feedstock by producing 19.8 ± 4.2 g∙L-1 of glucose and 9.8 ± 2.0 g∙L-1 of xylose in two days, a respectable amount of dissolved cellulose and hemicellulose. These findings suggest that the saccharification method can provide enough fermentable sugars, even in the absence of pretreatment, to be used in several added-value products.