Efetividade antimicrobiana de protocolos de desinfecção para próteses totais quanto a ordem do método, concentração da solução e imersão posterior overnight em água

Abstract

A associação de métodos (escovação e imersão química) na desinfecção de próteses totais é imprescindível para a manutenção da saúde local e sistêmica. Nesses casos, os agentes desinfetantes com maior espectro de ação antimicrobiana atribuem maior efetividade ao controle do biofilme nos protocolos clínicos diários. O objetivo desse estudo foi avaliar diferentes protocolos de desinfecção para próteses totais por associação de métodos, variando as etapas de intervenção e as concentrações do hipoclorito de sódio (NaOCl a 0,1% e 0,25%) e imersão final em água. A variável de resposta foi a efetividade antimicrobiana frente a espécie de Candida albicans. Para isso, foram confeccionados 120 corpos de prova em resina acrílica (PMMA), divididos em nove grupos (n=15) variando concentração e ordem de intervenção: E (escovação), I0,1% e I0,25% (imersão em NaOCl0,1% e 0,25%), E+I (escovação seguida por imersão), I+E (imersão seguida por escovação) e E+I+A (escovação, imersão em NaOCl e overnight em água). A efetividade antimicrobiana dos protocolos foi avaliada pela contagem de unidades formadoras de colônia (UFC/mL) de Candida albicans (ATCC 10231) e análise das imagens obtidas pela Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). Ao final, os dados foram submetidos à análise de ANOVA one-way com post-hoc de Tukey e homogeneidade (teste de Levene) para a definição da estatística mais apropriada (paramétrica ou não paramétrica). A apresentação dos dados paramétricos foi em média e desvio-padrão e dos não paramétricos em mediana e intervalo de confiança. Os resultados mostraram que o protocolo de E+I0,25% teve maior efetividade antimicrobiana em relação ao controle e demais grupos enquanto I0,25% teve o pior desempenho.