Abstract:
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No Brasil, o cultivo do pêssego (Prunus persica), fruto originário da China, é predominante nas regiões Sudeste e Sul devido ao clima favorável. A fruta é muito apreciada pelo seu sabor e aroma distintos. Um dos subprodutos do processamento do pêssego é o bagaço, um resíduo agroindustrial gerado em grande quantidade no país. No entanto, esse subproduto ainda é pouco explorado na indústria e, em grande parte, é descartado em aterros de resíduos sólidos urbanos. O objetivo deste estudo foi analisar a atividade fenólica e determinar a atividade antioxidante pelo método DPPH a partir extratos recuperados do bagaço de pêssego, utilizando técnicas de extração por soxhlet e extração assistida por microondas (EAM). As variáveis tempo e temperatura, foram mantidas constantes, 5 min (determinado por cinética) e 80ºC. As melhores condições foram determinadas com base no rendimento de extração. Utilizou-se três soluções como solvente para avaliar o extrato, sendo eles: água destilada, etanol e etanol/água destilada (70:30 v/v) na proporção 5:150 (g de amostra por mL de solução) para Soxhlet e 1:20 (g de amostra por mL de solução) para EAM. Os resultados mostraram que o bagaço de pêssego é rico em carboidratos, seguido por fibras e com baixo teor lipídico. A técnica de EAM demonstrou ser promissora, extraindo 15,56 µmol E trolox /mL extrato, utilizando como solvente a mistura etanol e água. Por outro lado, a técnica de Soxhlet apresentou o melhor rendimento global de extração, com o valor de 58,34 %, utilizando como solvente a água. Assim, o bagaço de pêssego pode ser melhor aproveitado, pois é uma rica fonte de carboidratos, antioxidantes e compostos fenólicos, e a técnica de extração assistida por microondas é uma técnica alternativa, na qual demonstrou ser uma técnica promissora pois obteve resultados bons rendimentos desses compostos. |