Fatores discriminatórios interferem na percepção de melhora em pacientes durante o tratamento?: Um estudo transversal com pacientes do Centro de Atenção Psicossocial de Araranguá – SC

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Fatores discriminatórios interferem na percepção de melhora em pacientes durante o tratamento?: Um estudo transversal com pacientes do Centro de Atenção Psicossocial de Araranguá – SC

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Title: Fatores discriminatórios interferem na percepção de melhora em pacientes durante o tratamento?: Um estudo transversal com pacientes do Centro de Atenção Psicossocial de Araranguá – SC
Author: Ferrari, Eduardo Luis Bordignon
Abstract: Objetivos: Investigar se a exposição a processos discriminatórios por doença ou deficiência impacta a percepção de melhora dos pacientes atendidos no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) em Araranguá-SC. Métodos: Este estudo transversal observacional, baseou-se em dados do projeto "Vulnerabilidades em saúde de usuários de um centro de atenção psicossocial do município de Araranguá-SC". A amostra incluiu 170 pacientes, que foram entrevistados face-a-face. Os dados foram registrados no software RedCap. A avaliação e acompanhamento do relato de discriminação percebida por doença ou deficiência (variável de desfecho) foi investigada utilizando a Escala de Mudança Percebida (EMP), validada para o contexto brasileiro, com alternativas de resposta em escala do tipo Likert de 3 pontos “melhor que antes”, “sem mudança” e “pior que antes”, para fatores associados a Aspectos de Saúde Física, Aspectos Psicológicos e Sono, Relacionamentos e Estabilidade Emocional. As duas últimas respostas foram agrupadas na etapa dos resultados. A partir das respostas, foram realizadas a análises descritiva e bivariada das variáveis em questão. A verificação das associações entre variáveis foi realizada através do teste qui-quadrado no programa estatístico Stata 16.1. Resultados: Na análise da percepção de melhora do tratamento, o grupo que não relatou discriminação por doença ou deficiência apresentou uma taxa de mudança mais alta (38,02%) em comparação ao grupo discriminado (22,45%), com significância limítrofe (p=0,051). No entanto, adentrando aos fatores da escala, Aspectos Psicológicos e Sono, a discriminação não foi associada à melhora dos sintomas (p=0,077). Em relação às Atividades de Saúde Física e aos Relacionamentos e Estabilidade Emocional, os participantes que relataram discriminação apresentaram maiores percentuais de piora ou ausência de mudança no tratamento (p=0,408 e p=0,758, respectivamente). Os resultados indicam que os pacientes que enfrentaram discriminação apresentaram escores mais baixos em todas as dimensões da EMP, sugerindo que a discriminação afeta negativamente tanto a percepção de melhora quanto a adesão ao tratamento. Conclusão: Esses achados destacam a importância de implementar intervenções nos CAPS que promovam um ambiente de cuidado mais inclusivo e livre de preconceitos, a fim de melhorar a qualidade do atendimento e os desfechos clínicos dos pacientes. A discriminação por doença ou deficiência constitui uma barreira significativa para a recuperação plena dos pacientes, reforçando a necessidade de políticas e práticas que garantam um tratamento equitativo e respeitoso dentro e fora dos serviços de saúde mental.
Description: Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica. Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências, Tecnologia e Saúde. Departamento de Ciências da Saúde (UFSC).
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/258847
Date: 2024-09-06


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