Prazo de validade da esterilidade dos artigos em Central de Materiais Esterilizados (CME): o que diz literatura?

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Prazo de validade da esterilidade dos artigos em Central de Materiais Esterilizados (CME): o que diz literatura?

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Title: Prazo de validade da esterilidade dos artigos em Central de Materiais Esterilizados (CME): o que diz literatura?
Author: Santos, Jennifer Meireles dos
Abstract: Uma das maiores preocupações dos serviços de saúde é evitar a contaminação cruzada através dos ambientes e instrumentais utilizados, garantindo assim a integridade física e segurança laboral dos profissionais e pacientes. Há leis e normativas que regulamentam as boas práticas a serem tomadas em relação à limpeza, desinfecção, esterilização e armazenamento dos materiais utilizados em procedimentos de saúde. Este trabalho teve o objetivo de conhecer os prazos avaliados e suas metodologias para validar o prazo de esterilização, armazenados em Central de Materiais Esterilizados (CME), salas em hospitais e armários, e propor métodos para validar o prazo aplicado na CME do curso de Odontologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Realizou-se uma revisão de literatura, consultando as publicações do Ministério da Saúde- ANVISA e resoluções normativas de órgãos reguladores brasileiros (manuais e guias) com orientações quanto aos procedimentos dentro de uma CME (Fundamentação Teórica), somado a uma revisão de literatura integrativa utilizando os bancos de dados PubMed, Scielo, MedLine, aplicando o os descritores: contaminação microbiana. esterilização, tempo de estocagem, tempo de armazenamento, grau cirúrgico. Adicionalmente, consultou-se as referências bibliográficas dos artigos lidos na íntegra, também dissertações e teses, disponíveis em repositórios online. Incluiu-se trabalhos que citaram o material de embalagem preferencialmente Spunbond Meltblown Spunbond (SMS) e grau cirúrgico, prazo de tempo de armazenamento e metodologia para validar ou verificar a esterilidade de materiais médicos e odontológicos após armazenamento. Foram excluídos trabalhos que não incluíram informações a respeito do local de armazenamento, tempo de estocagem, bem como trabalhos que não estavam disponíveis na íntegra nas bibliotecas virtuais. Não encontrou-se nas normas brasileiras prazos de validade da esterilidade de materiais armazenados; há orientação para que cada serviço de saúde valide seu tempo de validade mediante suas condições de armazenamento. Como resultado foram encontrados 143 resultados; aplicados os critérios de exclusão, chegou-se a 8 estudos. Os estudos empregaram avaliações microbiológicas, variando o número de amostras, o meio de crescimento microbiano e o tempo de guarda, cujo prazo de avaliação dos artigos esterilizados embalados variaram de 18 dias a 2 anos. Verificou-se que o tecido (linho 140 fios) e papel grau cirúrgico mantiveram a esterilidade por até 22 meses e em SMS por até dois anos. Conclui-se que as embalagens SMS atingiram o prazo de esterilidade de 2 anos, e o grau-cirúrgico 96 semanas (22 meses), porém estes estudos não fizeram avaliação até o prazo quando ocorreria a contaminação. Sugere-se avaliar o prazo de armazenamento da CME do curso de Odontologia da Universidade Federal de Santa Catarina por meio de pesquisa microbiológica, adaptando a metodologia de pesquisa empregada por Moriya (2012) ou a de Bhumisirikul et al (2003), usando materiais da clínica odontológica como amostras.One of the biggest concerns of health services is to avoid cross-contamination through the environments and instruments used, thus guaranteeing the physical integrity and occupational safety of professionals and patients. There are laws and regulations that stipulate good practices to be taken concerning cleanness, disinfection, sterilization and storage of materials used in healthcare procedures. This work aimed to understand the evaluated deadlines and their methodologies to validate the sterilization period, stored in the Sterile Materials Center (SMC), hospital rooms and cabinets, and propose methods to validate the deadline applied in the SMC of the Dentistry department in the Federal University of Santa Catarina (UFSC). A literature review was carried out, consulting publications from the Ministry of Health - ANVISA and normative resolutions from Brazilian regulatory departments with guidelines regarding procedures within a SMC (Theoretical Foundation), added to an integrative literature review using the PubMed, Scielo, MedLine databases, applying the descriptors: microbial contamination, sterility, storage time, paper/plastic sterilization pouches. Additionally, bibliographical references of articles read in full, also dissertations and theses, available in online repositories, were consulted. The included studies cited packaging material, preferably Spunbond Meltblown Spunbond (SMS) and paper/plastic sterilization pouche, storage time and methodology for validating the sterility time after storage of medical and dental materials. The studies that did not include information regarding the storage location, storage time, as well as works that were not available in full in the virtual libraries were excluded. In the Brazilian regulamentations, no expiration dates for the sterility of stored materials were found; there is guidance for each health service to validate its expiration date based on its storage conditions. As a result, 143 studies were found; after applying the exclusion criteria, 8 studies were reached.The studies used microbiological evaluations, varying the number of samples, the microbial growth medium and storage time, with the evaluation period for packaged sterilized articles varying from 18 days to 2 years. In all of them, the sterility of the packaged instruments was proven. It was found that the fabric (linen 140 thread count) and paper/plastic sterilization pouche can maintain sterility for up to 22 months and in SMS for up to two years. It is concluded that the SMS packaging reached the sterility period of 2 years, and the surgical grade 96 weeks (22 months), but these studies did not evaluate the entire period when contamination would occur. It is suggested to evaluate the storage period of SMC from the Dentistry course at the Federal University of Santa Catarina through microbiological research, adapting the research methodology used by Moriya (2012) or by Bhumisirikul et al (2003), using instruments from the dental clinic as samples.
Description: TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Odontologia.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/255578
Date: 2024-06-12


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