Abstract:
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Introdução: A segurança do paciente é um dos princípios fundamentais do trabalho em saúde e um dos pilares para melhorar a qualidade dos serviços ofertados pelas instituições de saúde. Requer um trabalho multidisciplinar e colaborativo em conjunto com usuários e seus familiares. Este projeto versa sobre a identificação segura do paciente, por meio da qual o cuidado é garantido à pessoa a que se destina, evitando erros e complicações clínicas. Objetivo: Avaliar o processo de identificação de pacientes em unidades de internação de um hospital universitário por meio da identificação dos dispositivos utilizados na assistência e do reconhecimento do paciente acerca da utilização da pulseira de identificação durante o processo de cuidado assistencial. Método: Pesquisa documental, quantitativa, transversal retrospectiva, descritiva desenvolvida em hospital universitário do sul do país de agosto a outubro de 2023. A amostra compreendeu dados secundários oriundos de 111 registros relacionados ao indicador de identificação do paciente. Para análise dos dados quantitativos foi utilizada estatística descritiva e para os dados qualitativos optou-se por análise de conteúdo, ambas apresentadas em frequência absoluta e relativa. Resultados: 87,4% (n=97) dos pacientes encontravam-se com a pulseira corretamente identificada, 12,6% (n=14) estavam sem a pulseira ou a mesma continha erros e/ou rasuras. Além da pulseira de identificação, o hospital instituiu o dispositivo de identificação do leito, sendo que 92,8% (n=103) estavam presentes. Mais da metade dos pacientes (n=63, 56,8%) não sabia para que serve a pulseira de identificação. Os motivos de uso da pulseira de identificação observados pelos pacientes foram: 29,8% (n=20) para confirmação da identificação; 20,9% (n=14) antes da administração de alguma medicação; 13,4% (n=9) antes de algum procedimento; 4,5% (n=3) antes da avaliação; 4,5% (n=3) antes de se comunicarem; 4,5% (n=3) apenas no primeiro contato; 4,5% (n=3) utilizam para segurança do paciente; 4,5% (n=3) antes/após mudança de setor do hospital; e 3% (n=2) antes de administrar dieta; 3% (n=2) antes da coleta de sangue. Considerações finais: O estudo evidenciou baixa taxa de conformidade na identificação dos pacientes por meio da presença da pulseira, considerando a meta institucional. Além disso, verificou-se que a conferência prévia da identificação do paciente nos momentos obrigatórios ainda é incipiente, denotando necessidade de investir em educação em serviço junto aos profissionais de saúde para maior adesão ao protocolo. Em consonância a isso, evidenciou-se necessidade de maior envolvimento do paciente na segurança do processo assistencial por meio da educação em saúde, considerando o desconhecimento dos pacientes sobre a finalidade das pulseiras de identificação. A pesquisa contribuiu para acompanhar a avaliação da implantação deste protocolo, identificando lacunas que podem ser aprimoradas no processo de identificação para segurança do paciente no ambiente hospitalar. |