Servidor com deficiência: um olhar sobre a política de inclusão

Abstract

O presente artigo tem como objetivo compreender como se constitui as diretrizes da Política de Inclusão dos servidores com deficiência do Ministério da Saúde, lotados na Superintendência Estadual do Ministério da Saúde do Rio de Janeiro (SEMS/RJ). Trata-se de uma pesquisa qualitativa, documental, bibliográfica, com observação participante. Para coleta das informações, utilizei entrevista semi-estruturada com gestores. A reflexão proposta no presente artigo, parte da experiência do autor, como pai do Arthur, com paralisia cerebral e trabalhador da SEMS/RJ. Como resultado da investigação, é possível pontuar que, há ausência de práticas e políticas inclusivas na SEMS/RJ. Há falta de registro efetivo dos servidores com deficiência, o que potencializa a invisibilidade, isolando-os e os confinando em seu local de trabalho. A falta de uma política inclusiva efetiva e presente, também contribui na manutenção e no despreparo dos servidores e colaboradores em geral, quando se relacionam com pessoas com deficiência, gerando descaso, desenvolvendo preconceitos e oferecendo um acolhimento frágil em toda a instituição. Quiçá este estudo possa fomentar discussões sobre o processo de inclusão, provocando atitudes que incorporem, nos processos de trabalhos e nos planejamentos futuros, ações efetivas que facilitem e viabilizem a inclusão, considerando o maior número de pessoas com deficiência possível no ambiente de trabalho.

The present article aims to comprehend how the guidelines of the Policy for Inclusion of public servants with disabilities of the Ministry of Health, assigned to the State Superintendence of the Ministry of Health of Rio de Janeiro (SEMS/RJ) are constituted. This is a qualitative, documental and bibliographic research, with participant observation. To collect the information, I used semi-structured interviews with managers. The reflection proposed in this article is based on the author's experience, as Arthur's father, with cerebral palsy and as an employee at SEMS/RJ. As a result of the investigation, it is possible to point out that there is a lack of inclusive practices and policies at SEMS/RJ. There is an absence of effective registrations of employees with disabilities, which enhances their invisibility, isolating and confining them to their workplace. The foul of an effective and inclusive policy also contributes to the unpreparedness of servers and collaborators to relate directedly to people with disabilities, generating neglect, developing prejudices and offering a fragile reception throughout the institution. Perhaps the present study can promote discussions about the inclusion process, provoking effective actions to be incorporate in the work processes and future planning that will facilitate and enable inclusion, grabbing the largest possible number of people with disabilities in the work environment.