Caminhos Sob as Araucárias: florestas culturais e os kaingang

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Caminhos Sob as Araucárias: florestas culturais e os kaingang

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Título: Caminhos Sob as Araucárias: florestas culturais e os kaingang
Autor: Boeira da Siva, Victoria Valduga
Resumo: Esta monografia propõe uma investigação sobre a relação entre povos indígenas e florestas, destacando o papel ativo dessas comunidades no manejo e no uso sustentável destas formações florestais. Para isso, a abordagem central dessa pesquisa é fundamentada na revisão bibliográfica acerca da noção de Florestas Culturais, proposta por William Balée (1987), junto a demais autores que se dedicaram ao estudo da área, e que desafiam a concepção de que as populações indígenas se adaptaram passivamente às exigências do ambiente. Em busca de compreender essa forma de interação, este trabalho tem como foco as florestas de araucárias na região Sul do Brasil e sua relação com o povo indígena Kaingang, sublinhando a importância vital desse ambiente para a subsistência e a preservação da cosmologia indígena. A metodologia empregada envolve uma revisão bibliográfica abrangente nas áreas de arqueologia, etno-história e antropologia, complementada por fontes documentais. Destaca-se o papel primordial da araucária na narrativa histórica e cotidiana dos Kaingang, evidenciando-a como uma entidade ancestral que provê alimentos, medicamentos, habitações e rituais, como o dos mortos – kiki ou kikikoi. Enfatiza-se, assim, o significado simbólico e espiritual atribuído a essa formação florestal. A pesquisa busca desmistificar a noção de que a relação entre floresta e ser humano é intrinsecamente destrutiva, argumentando que o manejo indígena de florestas emerge como um catalisador para a transformação positiva de paisagens, resultante da coexistência harmônica entre sociedade e ambiente.This monograph proposes an investigation into the relationship between indigenous peoples and forests, highlighting the active role of these communities in the management and sustainable use of these forest formations. To this end, the central approach of this research is based on a bibliographical review of the notion of Cultural Forests, proposed by William Balée (1987), together with other authors who have dedicated themselves to the study of this area, and challenge the conception that indigenous populations have passively adapted to the demands of the environment. In order to understand this form of interaction, this monograph focuses on the araucaria forests in southern Brazil and their relationship with the Kaingang indigenous people, highlighting the vital importance of this environment for subsistence and preservation of indigenous cosmology. The methodology employed involves a comprehensive bibliographical review in the fields of archaeology, ethnohistory and anthropology, complemented by documentary sources. The primary role of the araucaria tree in the Kaingang's historical and daily narrative is evinced, showing it as an ancestral entity that provides food, medicine and home. The symbolic and spiritual meaning attributed to this forest formation is thus emphasized. The research seeks to demystify the notion that the relationship between the forest and human beings is intrinsically destructive, arguing that indigenous forest management emerges as a catalyst for the positive transformation of landscapes, resulting from the harmonious coexistence between society and environment
Descrição: TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Ciências Sociais.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/254361
Data: 2023-12-20


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