A criança e a pandemia: O que mudou?

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A criança e a pandemia: O que mudou?

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Título: A criança e a pandemia: O que mudou?
Autor: Steinbach, Marina
Resumo: A propagação da COVID-19 no ano de 2020 levou o mundo inteiro a se adaptar à nova realidade pandêmica. Dentre as medidas adotadas, o distanciamento social afetou profundamente a forma de viver de todas as pessoas. O presente estudo buscou conhecer o impacto da pandemia nas interações entre pais e filhos, e a permissividade dos pais no que se refere ao uso de dispositivos eletrônicos, atividades físicas e interações sociais. Trata-se de um estudo transversal.com 466 pares pais/crianças de 3 a 10 anos. Através do WhatsApp e das redes sociais, os pais responderam a um questionário que continha perguntas relacionadas a: frequência com que permitiam que seus filhos brincassem/praticassem atividades físicas em ambientes públicos, freqüentassem a casa de amigos/familiares, lojas, mercados, shoppings, fizessem uso de dispositivos eletrônicos, auxiliaram seus filhos nas tarefas escolares, e, a frequência com que as crianças presenciaram discussões, após a instalação da pandemia por COVID-19. As variáveis independentes foram idade e sexo da criança, renda familiar e a quantidade de pessoas que contribuíram para a renda, forma de trabalho durante a pandemia, se o respondente era responsável pelas atividades domésticas e se estas afetavam sua rotina, e quem cuidava da criança quando eu saí de casa. Foi realizada uma análise descritiva e, para verificar os fatores associados às mudanças nas interações entre pais e filhos, foram realizados modelos de regressão multinominal. E, para identificar a mudança na permissividade dos pais foi utilizado o teste Qui-quadrado. Após o início da pandemia, os pais auxiliaram mais seus filhos nas tarefas escolares (343 - 73,6%) e permitiram dispositivos eletrônicos com maior frequência (358 -76,8%), mas a presença nas discussões (256 - 54,9 %) não se alterou. Além disso, os pais permitiram menos brincadeiras/atividades físicas em ambientes públicos (409 – 87,76%) e visitas a casas de amigos e familiares (421 – 90,34%); e aumentou a frequência de permissão de uso de dispositivos eletrônicos para entretenimento (358 -76,8%). A frequência de levar os filhos para mercados, lojas, shoppings e similares não teve alteração significativa (p=0,1494). Este estudo apontou mudanças significativas nas interações entre pais e filhos e na permissividade dos pais devido ao isolamento exigido pela pandemia COVID-19.Abstract: The spread of COVID-19 in 2020 led the entire world to adapt to the new pandemic reality. Among the measures implemented, social distancing has profoundly affected everyone's way of living. The present study sought to understand the impact of the pandemic on interactions between parents and children, and parental permissiveness regarding the use of electronic devices, physical activities and social interactions. This is a cross-sectional study with 466 parent/child pairs aged 3 to 10 years. Through WhatsApp and social networks, parents responded to a questionnaire that contained questions related to: how often they allowed their children to play/practice physical activities in public environments, go to friends/family's houses, stores, markets, shopping malls, do use of electronic devices, helped their children with schoolwork, and the frequency with which children witnessed discussions, after the onset of the COVID-19 pandemic. The independent variables were the child's age and sex, family income and the number of people contributing to the income, type of work during the pandemic, whether the respondent was responsible for domestic activities and whether these affected their routine, and who took care of the household. child when he needed to leave the house. Descriptive analysis was performed and, to verify the factors associated with changes in interactions between parents and children, multinominal regression models were performed. And, to identify the change in parental permissiveness, the Chi-square test was used. After the start of the pandemic, parents helped their children more with schoolwork (343 - 73.6%) and allowed electronic devices more frequently (358 -76.8%), but presence in discussions (256 - 54.9 %) did not change. Furthermore, parents allowed less play/physical activity in public environments (409 – 87.76%) and visits to the homes of friends and family (421 – 90.34%); and increased the frequency of allowing the use of electronic devices for entertainment (358 -76.8%). The frequency of taking children to markets, stores, shopping malls and the like did not change significantly (p=0.1494). This study pointed out significant changes in interactions between parents and children and in parental permissiveness due to the isolation required by the COVID-19 pandemic.
Descrição: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Odontologia, Florianópolis, 2023.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/254090
Data: 2023


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