Para além das fronteiras do jogo: Intertextualidade em A Plague Tale: Innocence

Abstract

A partir da narrativa do jogo A Plague Tale: Innocence, este trabalho busca refletir sobre a intertextualidade, com ênfase na representação dos ratos e da peste na trama. Ao explorar as teorias que sustentam a estrutura narrativa dos videogames e ao aplicar a perspectiva de intertextualidade proposta por Júlia Kristeva (1969), é possível estabelecer conexões substanciais entre o enredo do jogo e duas obras literárias proeminentes: A Peste, de Albert Camus (1947), e Drácula, de Bram Stoker (2018). A análise intertextual proposta foi realizada por meio de citações dos livros e de capturas de tela de momentos específicos da trama do jogo. Essa abordagem intertextual revela paralelos notáveis na exploração das temáticas dos ratos e da peste, evocando simbolismos intrínsecos às obras literárias mencionadas. Essa interconexão enriquece significativamente a apreensão e compreensão do enredo do jogo, proporcionando uma perspectiva mais profunda e contextualizada. O jogo se beneficia da intertextualidade ao incorporar elementos literários clássicos, oferecendo uma experiência narrativa mais enriquecedora para os jogadores.