O Sensoriamento Remoto como Ferramenta para o Monitoramento de Vegetação

Abstract

Segundo o artigo 30 da Lei do SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservação), “as unidades de conservação podem ser geridas por organizações da sociedade civil de interesse público com objetivos afins aos da unidade, mediante instrumento a ser firmado com o órgão responsável por sua gestão”. O sistema de leis ambientais brasileiro, apesar de ser considerado um dos mais completos do mundo, possui lacunas, como por exemplo: o monitoramento da vegetação em grandes áreas de preservação, como Unidades de Conservação (UCs). O presente trabalho utiliza as ferramentas de sensoriamento remoto e outras geotecnologias como auxílio à fiscalização ambiental, facilitando o mapeamento e identificação de áreas em supressão e crescimento de vegetação. A metodologia utilizada foi baseada em softwares livres, como o QGIS, que são capazes de processar as imagens de satélite, além da Interface de Programação de Aplicação (API) do Google, chamado Google Earth Engine (GEE) que possibilita acesso a uma coleção imensa de dados geoespaciais que poderão contribuir para o monitoramento. Tecnologias de análise espacial e de informação geográfica também contribuíram para a elaboração do trabalho, assim como formulações matemáticas para a estimativa da biomassa no local, por exemplo, a utilização dos índices de vegetação, NDVI (Índice de Vegetação da Diferença Normalizada). O desempenho do método combinado do cálculo comparativo dos NDVI e análise das imagens foi satisfatório, uma vez que comprovou a aplicabilidade da plataforma para monitoramento da vegetação. Dessa forma foi possível alcançar o objetivo traçado de monitorar a dinâmica da vegetação em áreas de proteção integral.