Influência do medo e da ansiedade na dor pós-operatória de origem endodôntica

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Influência do medo e da ansiedade na dor pós-operatória de origem endodôntica

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Title: Influência do medo e da ansiedade na dor pós-operatória de origem endodôntica
Author: Mafra, Gabriel
Abstract: A dor pós-operatória tende a ser imprevisível e de difícil padronização e quantificação. Estudos prévios tem sugerido que fatores subjetivos relacionados ao paciente podem modular a dor pós-operatória; entretanto, essa associação não é clara na literatura, especialmente no campo da Endodontia. Portanto, o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito de diversos fatores relacionados ao paciente (sexo, idade, nível socioeconômico, ansiedade, medo, catastrofização da dor e experiências prévias) na ocorrência e intensidade de dor após o tratamento endodôntico. Para tal, 154 pacientes responderam a um questionário qualificado previamente ao tratamento endodôntico, contendo as seguintes variáveis independentes: sexo, idade, nível socioeconômico (determinado pela Classificação Socioeconômica Critério Brasil), nível de ansiedade (mensurado pela Dental Anxiety Scale), nível de medo (mensurado pela Dental Fear Survey), catastrofização da dor (mensurado pela Pain Catastrophizing Scale) e experiências prévias no âmbito odontológico (negativas ou tratamento endodôntico prévio). Após o tratamento endodôntico, a ocorrência e intensidade de dor pós-operatória foram registradas através da Escala de Estimativa Numérica num tempo de até 7 dias. Modelos de regressão logística binária foram conduzidos para avaliar a associação entre as variáveis independentes e a ocorrência (sim ou não) e intensidade (ausente/leve ou moderada/severa) de dor pós-operatória, tratadas como variáveis dependentes. Pacientes com ansiedade ‘moderada’ e ‘extrema’ apresentaram 3,85 e 5,83 vezes maiores chances de reportar dor pós-operatória que pacientes com ansiedade ‘baixa’, respectivamente. No mesmo contexto, pacientes com ‘pouco’ e ‘muito’ medo apresentaram 7,22 e 4,06 vezes maiores chances de reportar dor pós-operatória que pacientes com ‘nenhum medo’, respectivamente. Por fim, pacientes que reportaram maiores níveis de catastrofização da dor apresentaram 1,13 maiores chances de reportar dor-operatória que pacientes com menores escores. Sexo, idade, nível socioeconômico e experiências prévias não foram associadas com a ocorrência e intensidade de dor pós-operatória. Em conclusão, o nível de ansiedade, medo e catastrofização do paciente são fatores subjetivos que modularam a ocorrência e intensidade de dor pós-operatória.Postoperative pain tends to be unpredictable and difficult to standardize and quantify. Previous studies have suggested that patient-related subjective factors may modulate postoperative pain; however, this association is not clear in the literature, especially in the field of Endodontics. Therefore, the aim of the present study was to assess the effect of various patient-related factors (gender, age, socioeconomic status, anxiety, fear, pain catastrophizing, and prior experiences) on the occurrence and intensity of pain following endodontic treatment. For this purpose, 154 patients completed a pre-qualified questionnaire before endodontic treatment, containing the following independent variables: gender, age, socioeconomic status (determined by the Socioeconomic Classification Brazil Criterion), anxiety level (measured by the Dental Anxiety Scale), fear level (measured by the Dental Fear Survey), pain catastrophizing (measured by the Pain Catastrophizing Scale), and prior experiences in the dental context (negative or prior endodontic treatment). After endodontic treatment, the occurrence and intensity of postoperative pain were recorded using the Numeric Rating Scale within a time frame of up to 7 days. Binary logistic regression models were conducted to assess the association between the independent variables and the occurrence (yes or no) and intensity (absent/mild or moderate/severe) of post-operative pain, treated as dependent variables. Patients with 'moderate' and 'extreme' anxiety had 3.85 and 5.83 times greater odds of reporting post-operative pain than patients with 'low' anxiety, respectively. In the same context, patients with 'slight' and 'high' fear had 7.22 and 4.06 times greater odds of reporting post-operative pain than patients with 'no fear,' respectively. Finally, patients who reported higher levels of pain catastrophizing had 1.13 times greater odds of reporting post-operative pain than patients with lower scores. Gender, age, socioeconomic status, and prior experiences were not associated with the occurrence and intensity of post-operative pain. In conclusion, the patient's level of anxiety, fear, and pain catastrophizing are subjective factors that modulated the occurrence and intensity of post-operative pain.
Description: TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Odontologia.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/252017
Date: 2023-10-30


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