Observatório de Sustentabilidade no Agronegócio: Compreendendo a sinergia entre ecossistemas de inovação e contabilidade de gestão ambiental em cadeias produtivas de mercados emergentes

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Observatório de Sustentabilidade no Agronegócio: Compreendendo a sinergia entre ecossistemas de inovação e contabilidade de gestão ambiental em cadeias produtivas de mercados emergentes

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Title: Observatório de Sustentabilidade no Agronegócio: Compreendendo a sinergia entre ecossistemas de inovação e contabilidade de gestão ambiental em cadeias produtivas de mercados emergentes
Author: Kuhler, Nycole
Abstract: Historicamente, a gestão dos recursos hídricos no Brasil foi marcada pela supremacia da produção energética sobre os usos da água, juntamente com a demanda imposta pela evolução industrial desde o início do século. Anteriormente, esse recurso era considerado suficiente em termos de qualidade e quantidade, sem ser associado a qualquer valor econômico, ao contrário do que se observa atualmente. A discrepância entre a abundância e a escassez de água tem sido um tema recorrente ao longo dos anos, chegando ao ponto de existirem regiões em que a disponibilidade é muito baixa (GANDOLFI et al., 2016). O objetivo do Projeto é identificar e disseminar o conhecimento sobre a gestão de recursos hídricos em cadeias produtivas. Para isso, o Projeto baseia-se na análise da sustentabilidade ambiental, incluindo a realização de levantamentos e a formulação de sínteses para promoção do desenvolvimento sustentável em cadeias produtivas do território nacional. A água é um recurso que desperta grande preocupação e atenção, uma vez que a demanda por ela tem crescido constantemente, seja para uso industrial, agropecuário ou doméstico. Nesse contexto, é fundamental que os governos estabeleçam políticas e estratégias de gerenciamento efetivas, a fim de garantir uma gestão adequada e sustentável dos recursos hídricos. Dessa forma, as decisões tomadas pelos governantes são fundamentais para promover a reforma da gestão dos recursos hídricos e garantir o acesso à água para as gerações presentes e futuras (SEIJGER et al., 2019). De modo geral, o Brasil é um país que conta com uma vasta quantidade de recursos hídricos, principalmente em regiões como a Amazônia, Pantanal, Sul e Sudeste. É essencial que esses recursos sejam preservados para garantir sua qualidade e disponibilidade no futuro, oferecendo prosseguimento para que possam ser utilizados para diversos fins, como a produção pecuária, o uso doméstico, industrial e agrícola (GANDOLFI et al., 2016). O crescente consumo de água no Brasil tem aumentado significativamente nos últimos anos, em decorrência do crescimento econômico e do aumento populacional nas áreas urbanas. Esse aumento tem resultado em um aumento de quase 80% na retirada de água dos corpos hídricos, o que tem gerado um impacto negativo na gestão dos recursos hídricos do país (ANA, 2020). De acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA, 2020), estima-se que a retirada de água dos corpos hídricos no Brasil aumente em mais de 23% até 2030, o que demonstra uma preocupante tendência de aumento do estresse hídrico no país. Essa situação é resultado do crescente consumo de água, impulsionado pelo aumento populacional e a evolução econômica, especialmente nos centros urbanos. Se não houver medidas efetivas de gestão hídrica, é provável que essa tendência se agrave ainda mais nos próximos anos. O crescimento global da avicultura, impulsionado pela demanda por proteína animal, reflete-se no Brasil, onde a produção de carne de frango ultrapassou 13,5 milhões de toneladas em 2018, posicionando o país como líder global nas exportações e o segundo maior produtor mundial. Do total produzido, cerca de 66,9% destinaram-se ao mercado interno, enquanto 33,1% foram exportados (ABPA, 2018). A região Sul do Brasil, especialmente os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, desempenha um papel preponderante, contribuindo com 64,35% dos abates de frangos no país e abastecendo mais de 150 países com 4,3 milhões de toneladas de carne de aves, correspondendo a quase 40% do mercado global. Além disso, o setor avícola brasileiro representa aproximadamente 1,5% do PIB nacional e oferece emprego a mais de 5 milhões de pessoas, direta e indiretamente, principalmente por meio de diversas pequenas e médias empresas concentradas na região Sul, como indicado pelo IBGE (ABPA, 2018). A avicultura, apesar de seu impacto econômico positivo, enfrenta desafios relacionados à pressão sobre recursos naturais, especialmente água e terra. A produção intensiva de ração para aves consome significativa água agrícola, sendo grãos como milho e soja essenciais, demandando uma gestão hídrica eficaz. A relação entre oferta e demanda de água se torna crucial na administração de recursos, identificando áreas críticas quanto à quantidade e qualidade da água, buscando equilibrar o crescimento da avicultura com preocupações hídricas globais. Além disso, a produção avícola enfrenta desafios como doenças, manejo inadequado, infraestrutura precária, gestão hídrica e resíduos, impactando a qualidade do produto e do sistema produtivo. A gestão dos recursos hídricos emerge como prioridade crescente não só para a avicultura, mas para a sociedade em geral, gerando discussões em esferas governamentais e sociais (EMPRAPA, 2016). Sendo assim, a relação entre oferta e demanda de água se estabelece uma importante ferramenta para a gestão dos recursos hídricos, possibilitando a identificação de áreas críticas quanto à quantidade (PEREIRA JÚNIOR; NICÁCIO, 2014) e qualidade (QUEIROZ; OLIVEIRA, 2013), tendo que existir um equilíbrio entre o crescimento positivo da produção de aves de corte juntamente com a questão hídrica do mundo. Devido aos desafios enfrentados pela referida cadeia produtiva, como a gestão hídrica, a preocupação com a gestão adequada dos recursos naturais tem se tornado cada vez mais importante em escala global. Essa preocupação é evidenciada não apenas em discussões governamentais, mas também em debates frequentes na sociedade sobre o tema. A falta de um sistema eficiente de gestão dos recursos hídricos pode afetar negativamente a produção de alimentos e gerar impactos ambientais significativos, o que tem levado à busca por soluções sustentáveis e eficientes na gestão dos recursos naturais (EMPRAPA, 2016).
Description: Bolsa Pibic UFSC
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/251048
Date: 2023-09-12


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