Abstract:
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O câncer é uma questão alarmante de saúde pública que apresenta limitações em relação aos tratamentos farmacológicos disponíveis, já que carecem de especificidade, o que resulta em efeitos adversos e menor adesão ao tratamento com consequente redução da qualidade de vida dos pacientes. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde, o câncer é a segunda principal causa de morte no mundo e foi responsável por 9,6 milhões de mortes em 2018, e ainda, prevê que a mortalidade por câncer nas Américas aumente para 2,1 milhões até 2030. Desse modo, devido ao perfil epidemiológico alarmante da doença, constantemente busca-se novos fármacos para o tratamento do câncer, e, os produtos naturais, como plantas do gênero Baccharis presentes na flora brasileira, representam uma ampla fonte para a pesquisa de substâncias biologicamente ativas. Dentre as substâncias já isoladas deste gênero que apresentaram potencial farmacológico tem-se flavonoides, tricotecenos e terpenos, desse modo, evidencia-se que estudos com extratos de plantas do gênero Baccharis são promissores e que a pesquisa contínua é essencial para desenvolver novas abordagens de tratamento. Assim, a partir de ensaio colorimétrico com a sulforrodamina B (SRB) avaliou-se a atividade citotóxica de diferentes extratos e frações obtidas de plantas do gênero Baccharis, em linhagens tumorais humanas, sendo as mais ativas avaliadas também em células não tumorais para determinação de sua seletividade. Desse modo, o extrato e frações da espécie Baccharis megapotamica demonstraram potencial citotóxico com valores de CI50 de 6,215 μg/mL, para células de câncer de próstata (DU145), e de 4,271 μg/mL, para células de câncer de pulmão (H460). Além disso, Baccharis retusa apresentou potencial antimigratório, com redução do fechamento da ferida, na concentração de 50 μg/mL. |