Temperatura e fotoperíodo: como esses elementos influenciam a produção de hastes florais de statice?

Abstract

O objetivo foi caracterizar as fases fenológicas da cultivar QIS Yellow de statice em diferentes épocas de cultivo e investigar como os elementos meteorológicos podem influenciar a duração do ciclo das plantas. O cultivo a campo foi realizado em Curitibanos, SC, no delineamento blocos ao acaso nas épocas de plantio: E1) julho 2021, E2) agosto 2021, E3) setembro 2021, E4) fevereiro 2022 (entressafra), e E5) agosto de 2022. No período de entressafra as plantas foram submetidas a aplicação de ácido giberélico (GA3) para investigar a possibilidade de indução de florescimento fora do período de safra, quando o fotoperíodo e vernalização acontecem de forma natural. A fenologia foi avaliada analisando-se os estádios: I) planta com oito folhas verdadeiras (V8 – muda pronta para plantio); II) emissão da 1ª haste floral no centro da roseta (R1); III) cor do cálice visível da 1ª inflorescência (R3); primeiras flores abertas (R4); V) ponto de colheita (R5). Para contabilizar a duração do ciclo considerou-se duas fases: vegetativa (V8-R1) e reprodutiva (R1-R5). Os dados de temperatura do ar, chuva e fotopeíodo foram incorporados ao estudo para análises de correlação com as variáveis fenológicas. Na E1, em que as plantas foram plantadas em julho, período de temperaturas baixas e fotoperíodo de 10,4 h, apresentou a maior duração do ciclo total. Na E3, em que o plantio foi em setembro, quando as temperaturas são amenas e fotoperíodo de 11,7 h, ocorreu a menor duração do ciclo das plantas. A época 1 apresentou maior potencial em relação a produtividade de hastes florais das plantas. A época 4 (entressafra) apresentou a menor produtividade de haste florais, não havendo diferença significativa em relação aos seus diferentes tratamentos.