Abstract:
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Antiga. Durante nossas
investigações sobre o tema, passamos por diversos textos, uma semelhança entre os textos
foi detectada com certa facilidade, a saber, as formas pedagógicas de ensino à matemática,
onde o papel da visualização, oralidade e da imaginação para o desenvolvimento da
matemática no período antigo se mostravam essenciais. Quando efetuamos uma
comparação rápida sob os métodos de ensino atuais e os antigos, percebemos que a ampla
capacidade da visualização, oralidade e imaginação foram relegadas por padrões
cartesianos no estilo Port Royale, onde acontece o movimento de isolamento do indivíduo
aos moldes de um mosteiro, que se demonstra um movimento antagônico ao movimento
de ensino utilizado pelos gregos antigos. Um dos livros analisados: “The Shaping of
Deduction in Greek Mathematics: A Study in Cognitive History”, podemos analisar os
movimentos de ensino que se apoiam em conjuntos de habilidades cognitivas mais
primordiais, juntamente com os sentidos. Até mesmo em Platão, podemos observar um
currículo, que é pensado para a infância, juventude e vida adulta. Quando observamos as
atividades que estão ligadas a infância, nos deparamos com atitudes pedagógicas que
valorizam os sentidos e a imaginação das crianças, atribuindo jogos (536d-e), músicas e
demais atividades. Um dos principais diagnósticos que nossa educação, e principalmente,
na área que toca a matemática, está desfasada, é quando nos deparamos com equações
das quais os alunos não conseguem demonstrar de forma visual. Quando o aluno utiliza de
forma mecânica uma fórmula, quase que em um movimento modular, sem entender, nem
se questionar sobre o processo por trás da fundamentação da mesma, então podemos
determinar que o aluno não compreendeu a matemática. E isso não reflete apenas nos
aprendizados matemáticos, mas também reflete sob todo um padrão social de
compreensão de objetos abstratos, das quais não são captados pelos alunos, pois os
mesmos não desenvolveram tais habilidades. Sendo assim, minha proposta de trabalho
buscou analisar os métodos antigos de ensino e aprendizagem, com ênfase na matemática,
e refletir sobre: em que momento descartamos a imaginação? E de que forma poderíamos
resgatar atribuídos pedagógicos da matemática grega para reviver a imaginação e seu
inigualável potencial? Esses são os questionamentos que norteiam minhas pesquisas, e
pretendo expor melhor para a comunidade acadêmica. |