Impactos da exposição ocupacional a agrotóxicos e da pandemia do COVID-19 sobre o perfil inflamatório e a saúde mental de indivíduos da área urbana do município de Maravilha\SC

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Impactos da exposição ocupacional a agrotóxicos e da pandemia do COVID-19 sobre o perfil inflamatório e a saúde mental de indivíduos da área urbana do município de Maravilha\SC

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Título: Impactos da exposição ocupacional a agrotóxicos e da pandemia do COVID-19 sobre o perfil inflamatório e a saúde mental de indivíduos da área urbana do município de Maravilha\SC
Autor: Canuto, Luana Clemente
Resumo: A resposta inflamatória decorrente da exposição ocupacional a agrotóxicos pode estar associada a neurotoxicidade destes compostos e o desenvolvimento de transtornos mentais, como a depressão. O presente estudo teve como objetivo investigar os impactos da exposição ocupacional a agrotóxicos sobre a saúde mental de trabalhadores rurais do Município de Maravilha SC, assim como o perfil inflamatório no soro desses indivíduos. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFSC, n° 16109719.3.0000.0121. Foram selecionados agricultores expostos a agrotóxicos para o grupo teste e residentes da área urbana para grupo controle. Além disso, também foram divididos os indivíduos entre grupo exposto e controle, avaliados durante o pico da pandemia do COVID-19. Foram avaliados o perfil sociodemográfico e foram aplicados o Inventário de Beck de depressão (BDI) e os questionários de ansiedade traço-estado (IDATE), para avaliar eventuais estados depressivos e de ansiedade entre os indivíduos. Foram coletadas amostras de sangue dos participantes e foram avaliadas as enzimas AST (Aspartato aminotransferase), ALT (Aspartato alanina transferase) e a GGT (gamaglutamiltransferase). Além disso, foi quantificada a creatinina, bem como as citocinas pró inflamatórias IL-1β, TNF-α, IL-6 no soro dos indivíduos. Os dados sociodemográficos demonstraram que a maioria dos indivíduos eram do sexo masculino (93%), com média de idade entre 43 e 49 e que a maioria dos trabalhadores rurais tinham cursado apenas o ensino fundamental, enquanto os indivíduos do grupo controle na sua maioria haviam concluído o ensino superior. Foi observado um aumento significativo no escore do BDI no grupo exposto em relação ao grupo controle, porém o IDATE não demonstrou resultado significativo. Observou-se aumento significativo nas enzimas AST e ALT, na creatinina e nas citocinas pró-inflamatórias no soro dos trabalhadores rurais ocupacionalmente expostos a agrotóxicos em relação ao grupo controle. A GGT apresentou valores acima dos valores de referência em todos os grupos testados, entretanto, não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos. Os dados obtidos sugerem que a inflamação periférica pode estar relacionada, de alguma forma, com o aumento no escore para depressão observado por meio do Inventário de Beck no grupo exposto a agrotóxicos. Estes dados sugerem que os agricultores estão vulneráveis aos impactos dos agrotóxicos e alertam sobre a necessidade de medidas de acompanhamento desses indivíduos. Suporte financeiro: CNPq-PIBIC, FAPESC, PPSUS, CAPES, SES-SC.
Descrição: Seminário de Iniciação Científica (SIC)\ Universidade Federal de Santa Catarina\ Centro de Ciências Biológicas (CCB) \ Departamento de Bioquímica
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/250075
Data: 2023-09-03


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