Avaliação do dano neuronal dopaminérgico induzido por ferroptose em cultivos celulares e em Caenorhabditis elegans e o possível efeito inibidor do ácido oleico

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Avaliação do dano neuronal dopaminérgico induzido por ferroptose em cultivos celulares e em Caenorhabditis elegans e o possível efeito inibidor do ácido oleico

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Título: Avaliação do dano neuronal dopaminérgico induzido por ferroptose em cultivos celulares e em Caenorhabditis elegans e o possível efeito inibidor do ácido oleico
Autor: Ilha, Sabrina Hemkemeier
Resumo: O ferro (Fe) é um mineral essencial para a homeostase celular. Entretanto, quando em excesso no organismo, condição denominada iron-overload, ele pode ter uma atuação nociva, contribuindo para o estresse oxidativo e para o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, tal qual o Alzheimer ou Parkinson. Outrossim, o excesso de ferro pode levar à formação de radicais livres e consequente oxidação de biomoléculas, principalmente lipídios, caracterizando a morte celular ferroptótica. A neurodegeneração pode ser descrita como a perda progressiva ou morte de neurônios. Estudos recentes indicam que o depósito de ferro em neurônios, excedente aos níveis normais gerados pelo envelhecimento, pode estar associado a muitas doenças neurodegenerativas. A proteína responsável pelo armazenamento do ferro (ferritina) pode ser encontrada em alguns tipos celulares do sistema nervoso, indicando que as mesmas têm a capacidade de armazenar ferro. Tendo em vista evidências recentes apontando para a relação entre iron-overload e ferroptose, bem como o papel anti-ferroptótico de ácidos graxos monoinsaturados (MUFA’s), este projeto objetivou avaliar o dano neuronal dopaminérgico induzido por sobrecarga de ferro, assim como o possível efeito anti-ferroptótico do ácido oleico, um MUFA. Para isso, utilizou-se do modelo Caenorhabditis elegans, um nematoide de vida livre, ciclo de vida curto e genoma com grande homologia relativo ao genoma humano, para avaliar a possível neurodegeneração dopaminérgica frente ao efeito da exposição a Citrato Férrico Amoniacal (FAC) a 50 e 100 mM, que representou um modelo químico de iron-overload. No mesmo modelo, avaliou-se o efeito neuroprotetor do ácido oleico a 0,15 mM. Observou-se que a exposição ao FAC causou a neurodegeneração dopaminérgica e que o ácido oleico protegeu contra tal efeito, o qual também foi mitigado pelo agente clássico anti-ferroptótico Ferrostatina-1. Isso indica que a ferroptose decorrente da sobrecarga de ferro é capaz de gerar neurodegeneração dopaminérgica, e que o ácido oleico é capaz de atuar contra esse efeito em decorrência de sua ação antiferroptótica. Ainda, foram realizadas análises referentes à sobrevivência do C. elegans, exposto ao FAC e ao ácido oleico, em relação a presença ou ausência da proteína ferritina. Os resultados sugerem um papel essencial da ferritina, embora pareça que caso haja apenas uma das isoformas da ferritina (Ftn-1 ou Ftn-2) ela possa suprir a demanda de armazenamento das duas. A ausência de ambas resultou na condição natural de sobrecarga de ferro. As análises referentes ao comportamento indicaram que a mobilidade foi dependente de concentrações de FAC. Para mais, sugere-se que haja uma relação entre a neurodegeneração dopaminérgica e a percepção sensorial e motora. Complementarmente, foram realizados testes acerca da concentração ideal de FAC para diminuir aproximadamente 50% da viabilidade celular das células SH-SY5Y, células dopaminérgicas, chegando ao resultado de 3 mM. Com os valores obtidos almeja-se (em pesquisas futuras) dar continuidade aos experimentos a fim de analisar se os efeitos obtidos com o tratamento com ácido oleico serão relativos aos obtidos utilizando o modelo in vivo.
Descrição: Seminário de Iniciação Científica. Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Biológicas (CCB). Departamento de bioquímica.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/250056
Data: 2023-09-01


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