Abstract:
|
A lecitina de soja, como fonte de fosfolipídio em dietas para peixes e crustáceos, apresenta resultados positivos no crescimento e saúde dos animais. Porém, em nosso conhecimento, nenhum estudo investigou o efeito de sua inclusão em dietas para organismos aquáticos em condições de criação em temperatura subótima. Assim, o objetivo deste trabalho é verificar se a suplementação de lecitina de soja em dietas para tilápia-do-nilo, quando criada em temperatura subótima de 22°C, melhorará seu desempenho zootécnico, assim como analisar seu efeito sobre o metabolismo lipídico. Foi realizado um ensaio alimentar com duração de 90 dias, no qual foram testados níveis crescentes de suplementação de lecitina de soja de 2,2; 4,4; 6,5; 8,5 % da dieta, para atingir os níveis de fosfolipídio total da dieta de 1,5; 3,0; 4,5 e 6,0%. Uma dieta sem suplementação de lecitina também foi avaliada. Ainda, uma dieta foi testada a fim de estudar a interação dos nutrientes fosfolipídios e ácido docosaexaenoico, com inclusão de 4,4% de lecitina e 1% de farinha de Aurantiochytrium sp. (fonte do ácido docosaexaenoico), que foi comparada a dieta contendo apenas 4,4% de lecitina. Foram avaliados o desempenho zootécnico, digestibilidade, composição centesimal corporal e perfil de ácidos graxos corporal da tilápia. O metabolismo lipídico foi avaliado por meio da composição de ácidos graxos no fígado, as classes de fosfolipídios constituintes dos tecidos do músculo, fígado e intestino, além das análises plasmáticas dos metabólitos. Espera-se assim aprimorar a tecnologia de produção da tilápia-do-nilo nas regiões subtropicais, auxiliando no desenvolvimento de dietas de inverno que resultem no crescimento adequado e saúde dos animais. |