Construção de modelos moleculares acessíveis: uma proposta para o ensino de química com impressora 3D

Abstract

O avanço dos direitos às pessoas com deficiência nos últimos anos, com a homologação da Lei Brasileira de Inclusão, impacta diretamente na educação formal destinada a este grupo. Para que a pessoa com deficiência tenha acesso a um ensino justo e igualitário, é imprescindível que as escolas atendam às demandas específicas dos estudantes com deficiência, como, por exemplo, materiais adaptados para estudantes com deficiência visual. Para tal, tem-se empregado as tecnologias assistivas educacionais. No ensino de química, o maior desafio está em encontrar materiais adaptados para estudantes com deficiência visual, visto que a química se baseia em diversos fenômenos visuais e conceitos abstratos. Destarte, esta pesquisa objetiva favorecer o processo de ensino-aprendizagem em química com a criação de uma tecnologia assistiva educacional para pessoas com deficiência visual – cegos e baixa visão. A tecnologia em questão se trata de um modelo molecular adaptado para estudantes com deficiência visual, a partir da diferenciação de elementos de uma molécula pelo tato, produzidos com impressoras 3D. Foram produzidas 65 peças, envolvendo esferas com símbolos, conectores e um sistema de símbolos e legendas em Braille. Esse modelo molecular permite a criação de diversas moléculas com poucas esferas e, dessa forma, considera-se que o modelo molecular adaptado para estudantes com deficiência visual apresenta potencialidades para auxiliar no ensino de ligações químicas e de geometria molecular.