Perfil clínico-epidemiológico dos envenenamentos botrópicos, registrados pelo CIATox/SC, na população pediátrica do estado de Santa Catarina

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Perfil clínico-epidemiológico dos envenenamentos botrópicos, registrados pelo CIATox/SC, na população pediátrica do estado de Santa Catarina

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Title: Perfil clínico-epidemiológico dos envenenamentos botrópicos, registrados pelo CIATox/SC, na população pediátrica do estado de Santa Catarina
Author: Silva, Stephanie Soares da
Abstract: Introdução: No Brasil, os acidentes por serpentes do gênero Bothrops constituem grave problema de saúde pública e representam cerca de 90% dos acidentes por serpentes peçonhentas. Contudo, dados acerca das particularidades dos envenenamentos botrópicos na população pediátrica ainda são escassos na literatura. Objetivo: Identificar as características epidemiológicas e clínicas das crianças e adolescentes vítimas de acidentes por serpentes do gênero Bothrops. Método: Foi realizado um estudo retrospectivo, descritivo, observacional utilizando os dados epidemiológicos e clínicos registrados pelo Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox/SC) de pacientes com idade entre 0 e 18 anos vítimas de acidentes com serpentes peçonhentas, no estado de Santa Catarina (SC), durante o período de 2014 a 2020. Resultados: No período de estudo, os acidentes botrópicos ocorreram nos meses de verão em 56,2% dos casos, na macrorregião do Planalto Norte e Nordeste Catarinense (23%) e na zona rural (59,6%). As vítimas dos acidentes botrópicos eram do sexo masculino em 73% dos casos e a faixa etária, em 32% dos casos, era de 15 a 18 anos de idade. Os membros inferiores foram o local da picada em 81,1% dos registros. As principais manifestações clínicas foram edema (92,8%), dor (92,8%), hematoma (39,5%), hiperemia (34,5%) e sangramentos locais (24%). Dentre as complicações locais destacaram-se a infecção secundária (10,8%), necrose (1,8%) e a síndrome compartimental (0,8%). As complicações locais foram mais frequentes em crianças até os 9 anos de idade. A principal complicação sistêmica foi a lesão renal aguda (LRA) (15,4%). Laboratorialmente, em 76,6% dos casos foram observadas alterações no perfil da coagulação sanguínea. Em 47,6% dos casos (n=228), os pacientes receberam a soroterapia em até 3 horas após a exposição. Os envenenamentos foram considerados leves em 82,4% dos registros. Em 81,5% dos casos graves, a soroterapia foi administrada em período superior a 3 horas após o acidente. Todos os pacientes evoluíram para cura sem sequelas. Conclusões: O perfil dos pacientes pediátricos vítimas de acidente botrópico em SC são os adolescentes do sexo masculino, com idade entre 15 e 18 anos, vivendo em zona rural. As complicações locais são mais frequentes em crianças até os 9 anos de idade, o que pode estar associada a maior proporção de veneno injetado por superfície de área corporal. A principal complicação sistêmica é a LRA. É importante a precocidade da soroterapia para a evolução clínica favorável.
Description: TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Medicina.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/248174
Date: 2023-06-28


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