Abstract:
|
Introdução: A hipertensão pulmonar (HP) é uma síndrome clínica e hemodinâmica mais ampla que engloba outros grupos de doenças, entre elas a HAP e a HPTEC. Os registros são uma ferramenta valiosa na pesquisa de condições raras, como a HAP e HPTEC. Além disso, a estratégia de avaliação de risco foi validada em registros europeus e norte-americanos e foi relatada como fornecendo uma previsão precisa da mortalidade e a vantagem clínica de atingir o status de baixo risco. No entanto, há poucos dados disponíveis do Brasil.
Objetivo: Descrever as características e avaliações de riscos em pacientes com HP decorrentes de tromboembolismo pulmonar do centro de referência em Hipertensão Pulmonar do Hospital Universitário-UFSC.
Métodos: As informações fizeram parte do projeto de Registro Sul Brasileiro de pacientes com hipertensão Pulmonar (ResPHirar). Foram, então, selecionados 23 pacientes com HPTEC situados no centro de referência em Hipertensão Pulmonar do estado de Santa Catarina, com o principal intuito de formar bases para futuras investigações conjuntas, relações epidemiológicas, levando em consideração as particularidades de cada região.
Resultados: Ao final do estudo, foi obtido um total de 23 paciente com HPTEC (grupo 4, n = 23), com predominância do sexo feminino com 15 (65,2%) pacientes. 15 (88,2%) da raça branca e 2 (11,8%) pacientas da raça não brancas. No momento do diagnóstico foi catalogada a classe funcional NYHA referentes a 22 pacientes, sendo que 54,5% dos pacientes encontravam-se em classe 3. Foi registrado se o paciente estava vivo ou se já havia falecido no momento da coleta dos dados. No total, 18 (78,3%) estavam vivos. Além disso, também foram coletados dados referentes ao cateterismo direito dos pacientes.
Conclusões: Pacientes com HPTEC do Hospital Universitário-UFSC são em sua maioria mulheres, próximas de 50 anos de idade, brancas com IMC normal. A maioria encontra-se em classe funcional III com mais de metade dos pacientes com o TC6m abaixo do esperado. Os pacientes foram alocados em risco intermediário e alto com desfecho de óbito em até 1 ano, havendo, dessa forma, a necessidade de ajuste terapêutico, com o intuído de manter o paciente em classe I e II. |