Permanência Estudantil no ensino superior público brasileiro: cenário pós-pandemia na UFSC

Abstract

Este trabalho de conclusão de curso discute o ensino superior público brasileiro na perspectiva da garantia do direito à educação e problematiza a permanência estudantil nesse espaço, especialmente no cenário da pandemia de Covid-19, que além de aprofundar as expressões da questão social no país, também afetou o campo da educação, as formas de estudar e permanecer estudando. O objetivo geral da pesquisa consiste em compreender o cenário da permanência estudantil pós pandemia de Covid-19 a partir das condições socioeconômica, pedagógica e objetivas para realização do Ensino Remoto Emergencial (ERE) dos/as estudantes dos cursos presenciais de graduação do Centro Socioeconômico da Universidade Federal de Santa Catarina, ingressantes nos semestres 2020.1, 2020.2, 2021.1 e 2021.2, enquanto as atividades presenciais estiveram suspensas devido ao isolamento social. Os objetivos específicos consistem em mapear ações de permanência e assistência estudantil e apoio pedagógico ofertadas aos/as estudantes da graduação presencial na UFSC de modo geral e durante a pandemia; levantar as condições objetivas em que os/as respondentes realizaram o ensino remoto; caracterizar seu perfil socioeconômico; identificar suas demandas pedagógicas; e identificar suas principais dificuldades de permanência. A pesquisa é de natureza básica e descritiva, com abordagem quanti-qualitativa. Se estrutura em três seções: inicia com a historicidade do ensino superior público no Brasil desde a colônia até o governo Bolsonaro; em seguida traz-se a definição de permanência estudantil na perspectiva do direito de um processo formativo saudável a todo público estudantil, e o mapeamento das ações de permanência estudantil na UFSC, lócus da pesquisa; por fim faz-se a exposição e análise dos dados obtidos. A permanência estudantil é um fenômeno complexo e buscou-se explorá-la a partir da crítica ao modo de produção capitalista, que se firma e se mantém através da produção de diferentes formas de opressão, exploração e desigualdades, que se tornam dificuldades para o acesso e conclusão do ensino superior, devendo o Estado e as Instituições se responsabilizarem em ofertar um processo formativo saudável ao público universitário.