|
Abstract:
|
Introdução: O Brasil, assim como o mundo foi, no ano de 2019, assolado por uma grande crise de saúde pública, o Covid-19, vírus que infestou muitas pessoas, gerou crises econômicas, financeiras e até crises de Estado entre nações. Um dos maiores problemas observados entre as pessoas, além daqueles físicos, provocados pela doença, foram os psicológicos, que são mais difíceis de serem mensurados, que causam desconforto, porém, não são facilmente visualizados. Objetivo: conhecer os sinais e sintomas de ansiedade vivenciados pelos docentes do curso de Enfermagem da UFSC, a partir da pandemia por Covid-19. Método: Esse estudo trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva do tipo qualitativa. Tendo-se em vista que se pretendia analisar características de uma determinada população, foi necessário delimitar o número de respondentes e o ambiente aonde seriam levantados os dados, para tanto, a pesquisa foi realizada na Universidade Federal de Santa Catarina no Centro de Ciências da Saúde com aqueles professores desse que atuam nos seguintes setores: no período matutino no mini auditório do bloco H, no período vespertino no bloco H, no quarto andar e sala da coordenação do programa de pós-graduação profissional, e bloco B sala 907 e no Centro de Saúde do Rio Tavares, e por e-mail. A coleta foi realizada no período de Julho a Agosto de 2022, após a aprovação do comitê de ética em pesquisa da instituição em questão. Inicialmente a coleta foi presencialmente através do formulário com 29 questões enviadas também por e-mail para os docentes. A primeira parte se refere a caracterização dos participantes. A segunda estará relacionada a aplicação da Escala de Ansiedade de Beck. Os dados coletados pela Escala de Ansiedade de Beck foram organizados em planilha do Excel, após analisados por meio da representação, similaridade e proximidade das respostas, foram apresentados de forma de quadros, tabelas e gráficos. Resultados: Fizeram parte deste estudo 16 docentes, sendo 100% do sexo feminino, entre a faixa etária 37 a 67 anos. A maioria dos docentes possuem filhos. O período de atuação fica entre quatro meses até 40 anos. Foi evidenciado que os profissionais que englobam essa pesquisa sendo 71% já passou por algum episódio de ansiedade na vida e 29% responderam que não. Os docentes relataram que ao experimentar episódios de ansiedade utilizaram estratégias para retomar sua saúde mental, sendo que apenas 40% relatou buscar auxílio e 60% não utiliza estratégias para passar pelo momento de mal estar. Os professores mencionaram que em episódios de ansiedade realizaram algumas estratégias terapêuticas, ditas como auxílio para passar pelos momentos ansiosos, tais como: relaxamento, chás, medicações, mindfulness, yoga, manipulado antroposófico, comprimido fitoterápico, orações. Quanto às estratégias alopáticas se referiram ao uso de algum medicamento no momento da crise de ansiedade. Foram utilizados: medicações, manipulado antroposófico, comprimido fitoterápico. As estratégias não medicamentosas utilizadas foram: relaxamento, mindfulness, yoga, chás e orações. Consideração Final: O levantamento bibliográfico serviu para embasar o conhecimento recebido, além disso, ao se analisar uma nova realidade, advinda pelo Covid-19, uma situação pandêmica que tão rapidamente alterou a vida de todas as pessoas, é através dos estudos acadêmicos que se criam meios e se apresentam à sociedade a melhor maneira de se conviver com tais fatos. As características do trabalho do enfermeiro, em situações de assistência em condições tidas como normais, exigem desses profissionais um grande esforço tanto físico quanto mental, até mesmo emocional e psicológico, pois exige-se desses profissionais atenção extrema, realização de atividades com alto grau de responsabilidade e dificuldade, num ritmo acelerado, muitas vezes, com jornadas estendidas e poucas horas de descanso. No cenário pandêmico, tais exigências são mais sensíveis e o quadro de incertezas e desconhecimento da nova realidade, de questões sobre autocuidado, medo da morte e segurança de si e dos entes queridos são fatores que podem potencializar os danos físicos e mentais deses profissionais. |
