Força muscular em pacientes com câncer durante o tratamento oncológico: uma revisão sistemática

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Força muscular em pacientes com câncer durante o tratamento oncológico: uma revisão sistemática

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Title: Força muscular em pacientes com câncer durante o tratamento oncológico: uma revisão sistemática
Author: Espírito Santo, Bárbara Carlin de Ramos do
Abstract: A força muscular (FM) é um dos principais componentes da função muscular esquelética, desenvolvendo um importante papel na prevenção de doenças crônicas e manutenção da qualidade de vida, estando inversamente relacionada ao risco de mortalidade por câncer. O câncer caracteriza-se como uma doença crônica degenerativa, ocasionando o surgimento de massas celulares atípicas, provocando a formação de tumores malignos em diferentes órgãos do corpo. Atualmente, existem estratégias avançadas de tratamento oncológico que têm se demonstrado eficientes no aumento da taxa de sobrevida dos pacientes tratados para diversos tipos de câncer. Entretanto, os efeitos colaterais advindos do tratamento impactam no sistema musculoesquelético. Tais efeitos comprometem o nível de atividade física, podendo resultar na deterioração da função física, sendo a degradação da FM um dos principais efeitos negativos desse processo. Nesse sentido, identificar os valores médios obtidos pelos estudos que avaliaram a FM na população oncológica e compará-los com os valores disponíveis para a população saudável, assim como atualizar-se em relação aos principais métodos de avaliações utilizados pelos mesmos é de suma importância no processo de compreensão das mudanças dessa variável ao longo tratamento. Portanto, o objetivo desse trabalho foi investigar, através de uma revisão sistemática, a capacidade de produção de força muscular de pacientes com câncer durante o tratamento oncológico. As bases de dados CINAHL, LILACS, PUBMED, Embase, Scopus, SPORTDiscus e Web of Science foram pesquisadas, sem limite de datas durante o mês de janeiro de 2021, com uma atualização da busca realizada em dezembro de 2021. A estratégia de busca utilizada para a pesquisa foi desenvolvida especificamente para cada base de dados com o auxílio de uma bibliotecária. Foram selecionados estudos que incluíram pacientes em tratamento oncológico e que realizaram medidas de FM, de membros superiores e/ou inferiores, e/ou força de preensão manual. Foram excluídos estudos que avaliaram a FM de sobreviventes de câncer, de pacientes que finalizaram o tratamento, ou que estivessem em cuidados paliativos, ou que estivessem em tratamento mas possuíssem outras doenças crônicas e/ou comorbidades, bem como aqueles que não avaliaram a FM de maneira direta, ou então não apresentaram os valores da mesma nos resultados do estudo. A seleção dos estudos e a extração dos dados foram realizadas por dois pesquisadores de forma independente. A média da FM foi o desfecho principal desse estudo, portanto a análise dos resultados utilizou apenas estudos que apresentaram a média da FM e que foram possíveis identificar na literatura valores de referência ou normativos para comparação. Foram encontrados, inicialmente, 20.948 artigos nas bases de dados pesquisadas e, ao final, 129 estudos foram incluídos nesta revisão sistemática, sendo 64 incluídos nas comparações com os dados normativos. Os principais tipos de câncer encontrados foram os hematológicos (leucemias e linfomas), câncer de mama e câncer de próstata. A quimioterapia e a hormonioterapia foram as abordagens de tratamento predominantes. A dinamometria manual, portátil e isocinética, assim como o teste de uma repetição máxima (1RM), foram os principais métodos utilizados para avaliação da FM. Em relação aos valores normativos, a maior parte dos estudos mostrou valores de força muscular abaixo dos apresentados pela população saudável. Os resultados encontrados nos sugerem que pacientes com câncer, de ambos os sexos e grupos etários, podem apresentar valores reduzidos de força de preensão manual, membros superiores e inferiores, como um dos efeitos colaterais advindos principalmente de tratamentos com quimioterapia e hormonioterapia.Abstract: Muscle strength (MS) is one of the main components of skeletal muscle function, due to cancer, an important function in the prevention of chronic lives, inversely related to the risk of chronic mortality. Cancer is a degenerative illness that causes the body disease of atypical masses and formation of malignant chronic tumors in different organs. Currently, there are advanced cancer treatment strategies that have shown efficiency in increasing the survival rate of patients treated for different types of cancer. However, the effects arising from the treatment impact the musculoskeletal system. Such effects, compromising the level of physical activity may result in physical function, with MS degradation being one of the main negative effects of this process. In this sense, identifying the mean values of the studies that evaluated MS on oncological population and comparing them with those available for the healthy population, as well as updating themselves in relation to the main estimation methods used by them, is much important in the process of understanding the changes in this variable over long-term treatment. Therefore, the objective of this study was to investigate, through a systematic review, muscle strength capacity of cancer patients during cancer treatment. The CINAHL, LILACS, PUBMED, Embase, Scopus, SPORTDiscus and Web of Science databases were searched, with no data limit, during the month of January 2021, with an update of the search carried out in December 2021. The search strategy used for the research was developed specifically for each database with the help of a librarian. We studied which included selected oncological patients and which measures of treatment of MS, upper and/or lower limbs/or manual grip strength. Studies that assess the MS of cancer treatment survivors, of patients who complete, or who are properly, in palliative care, or who are properly treated but have chronic diseases and/or comorbidities, as well as those who do not assess MS were excluded other MS directly, or else did not present the values of the same in the results of the study. Study selection and data analysis were performed independently by two researchers. Quantitative mean of MS studies was the main outcome of this study, the analysis of the results used only studies that presented a mean of studies that were identified in the reference or standard literature. Of 4 initially included, 20.9 articles were found included in the research databases and, comparatively in the final comparisons, 129 included studies in this review, with 64 studies included in the included standard. The main types of cancer found were hematological (leukemia and lymphoma), breast cancer and prostate cancer. Chemotherapy and hormone therapy were the predominant treatment approaches. Manual, portable and isokinetic dynamometry, as well as the one repetition maximum test (1RM), were the main methods used to assess MS. Regarding the normative values, most studies presented muscle strength values below the values presented by the healthy population. Found in sex-specific patients, regardless of sex, they can present the results and reduced results of manual cancer strength, upper and lower limbs, as one of the effects arising mainly from treatments with therapy and hormone therapy.
Description: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Florianópolis, 2022.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/242877
Date: 2022


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