Telerreabilitação nas ações do Projeto de Extensão Parkinson na Ativa durante a pandemia da COVID-19

Abstract

As restrições causadas pela pandemia da COVID-19 interromperam a realização de exercícios de pessoas com Doença de Parkinson (DP) nos encontros presenciais do projeto de extensão Parkinson na Ativa e a telerreabilitação surgiu como uma alternativa para possibilitar a continuidade das sessões fisioterapêuticas. O objetivo do estudo foi avaliar o uso da ferramenta de telerreabilitação nas ações do Projeto de Extensão Parkinson na Ativa durante a pandemia da COVID-19 através da percepção de pacientes e acadêmicos vinculados ao projeto. Tratou-se de uma pesquisa de caráter transversal e descritiva. Foi realizada a entrevista através de visitas na associação de Parkinson Tocando em Frente em Araranguá-SC. O atendimento fisioterapêutico dos pacientes participantes do projeto de extensão ocorreu por meio de telerreabilitação. Utilizou-se videochamadas (Whatsapp®) e Google meet®, de forma individualizada e síncrona com frequência de uma sessão de intervenção semanal com duração de uma hora. Dos 14 (100%) acadêmicos que responderam o questionário, a média de idade foi de 23,64± 1,86 anos e as fases do curso variou entre 7ªfase e 10ªfase. 85,71% eram do sexo feminino e 14,28% masculino, 57,14% consideraram a telerreabilitação útil e viável a monitorização dos pacientes em casa. Dos 10 (100%) pacientes entrevistados, 60% eram do sexo feminino e 40% masculino. A média de idade foi de 68,6± 7,23 anos, a média do tempo de início de sintomas foi de 12,4± 13,00 anos e a escolaridade, 20% tinham ensino superior e 80% ensino fundamental. Além disso 60% dos pacientes estavam no estágio IV da DP que se caracteriza como incapacidade grave. 70% afirmaram que a ferramenta foi útil e 100% dos pacientes ficaram satisfeitos pois sentiram-se seguros e acolhidos tendo contato com os acadêmicos fora do âmbito presencial. Na percepção dos acadêmicos e pacientes, a ferramenta foi viável e útil no processo de reabilitação fisioterapêutica.

The restrictions caused by the COVID-19 pandemic interrupted the performance of exercises by people with Parkinson's Disease (PD) in the face-to-face meetings of the Parkinson na Ativa extension project and telerehabilitation emerged as an alternative to allow the continuity of physical therapy sessions. The objective of the study was to evaluate the use of the telerehabilitation tool in the actions of the Parkinson na Ativa Extension Project during the COVID-19 pandemic through the perception of patients and academics linked to the project. It was a cross-sectional and descriptive research. The interview was carried out through visits to the Parkinson's Association Tocando em Frente in Araranguá-SC. The physiotherapeutic care of patients participating in the extension project took place through telerehabilitation. Video calls (Whatsapp®) and Google meet® were used, individually and synchronously, with a weekly intervention session lasting one hour. Of the 14 (100%) students who answered the questionnaire, the mean age was 23.64± 1.86 years and the stages of the course varied between the 7th and 10th stages. 85.71% were female and 14.28% male, 57.14% considered telerehabilitation useful and feasible to monitor patients at home. Of the 10 (100%) patients interviewed, 60% were female and 40% male. The mean age was 68.6± 7.23 years, the mean time since the onset of symptoms was 12.4± 13.00 years and schooling, 20% had higher education and 80% had elementary education. In addition, 60% of the patients were in stage IV of PD, which is characterized as severe disability. 70% said that the tool was useful and 100% of patients were satisfied because they felt safe and welcomed having contact with academics outside the face-to-face environment. In the perception of academics and patients, the tool was viable and useful in the physiotherapeutic rehabilitation process.