Ao longo do envelhecimento humano ocorre o declínio das funções fisiológicas,
incluindo a capacidade de regeneração de diversos tecidos e o aumento do risco de
desenvolvimento de doenças neurodegenerativas. O surgimento destas doenças
compromete a qualidade de vida dos indivíduos, pois as alterações celulares que
ocorrem são deletérias e culminam com doenças como a de Alzheimer (DA) e a
Doença de Parkinson (DP). Essas alterações celulares podem produzir espécies
reativas de oxigênio, causando inflamação, alterações biomoleculares e morte de
neurônios do neocórtex e do hipocampo, entre outros. No entanto, o Sistema
Nervoso Central (SNC) é capaz de reorganizar sua estrutura, funções e conexões, e
essa capacidade é chamada de neuroplasticidade, que responde a estímulos
internos ou externos conforme a necessidade. Estudos feitos em nosso laboratório
visam tentar mostrar os efeitos neuroprotetores de uma molécula endógena, a
guanosina, no SNC frente à neurotoxicidade e também avaliar seus efeitos tróficos
no SNC. Estudos anteriores com animais mostraram que a guanosina atua na
neuroproteção, na neurorregenração e no surgimento de novos neurônios
(neurogênese) na região hipocampal. Nesse estudo iniciamos a avaliação dos
efeitos da guanosina sobre o comportamento de camundongos e sobre a
sinaptogênese, e a dependência dos receptores de adenosina, utilizando um
protocolo que já demonstrou o efeito neurogênico da guanosina.
Description:
Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica.
Universidade Federal de Santa Catarina.
Centro de Ciências Biológicas - CCB
Departamento de Bioquímica