Abstract:
|
A doença de Chagas é uma das 17 doenças tropicais negligenciadas, em razão do baixo investimento em programas de descoberta de novos medicamentos. De acordo com a literatura esta pode ser considerada como uma doença urbana, e não mais endêmica, devido às diferentes formas de transmissão. O tratamento da doença de Chagas via medicamentos é restrita a somente 2 medicamentos, o nifurtimox, introduzido no mercado em 1967, e o benzonidazol, introduzido no mercado em 1972, porém esses medicamentos apresentam sérios problemas referentes à ineficácia em determinados estágios da doença, além da alta toxicidade. Portanto, se faz necessário o desenvolvimento de novos fármacos que sejam eficazes, menos tóxicos e de baixo custo para o tratamento da doença, uma vez que, por se tratar de uma doença negligenciada, os investimentos para o desenvolvimento de fármacos são limitados. Assim sendo, o objetivo deste projeto foi investigar a atividade antiparasitária de bases de Schiff derivadas da isatina, via triagem virtual, como potenciais fármacos para o tratamento da doença de Chagas. Para tal, metodologias de estudos in silico ADME, estudos in silico toxicidade e docking molecular foram utilizadas para avaliar a atividade das bases de Schiff propostas, além da análise das propriedades ADME e das classes de toxicidade. Referente ao perfil ADME das bases de Schiff propostas, nenhuma violou as regras de Lipinski, além de que 13 das bases de Schiff estão dentro da Classe 4 de toxicidade (300 < LD50 ≤ 2000) e as 5 restantes estão dentro da Classe 5 de toxicidade (2000 <LD50 ≤ 5000). O docking foi realizado com as 18 bases de Schiff propostas, utilizando-se as funções de pontuação, do software Gold, ChemScore, ASP, GoldScore e ChemPlp. A escolha dos melhores compostos levou em consideração os valores de score da função ChemPlp e o perfil ADMET deste. Sendo assim, os compostos promissores selecionados foram: S-2, S-3 e B-3, os quais foram docados novamente, com os fármacos aprovados, demonstrando interações promissoras com a proteína alvo. |