Funcionalização de nanopartículas de argila por plasma
Author:
Mesquita, Ana Luisa Marten
Abstract:
O uso de embalagens no cotidiano é algo recorrente, porém, ao mesmo tempo, isso é responsável por gerar grandes quantidades de resíduos, os quais são descartados de maneira errônea, prejudicando a natureza. Com esse cenário em vista, o estudo do uso de embalagens biodegradáveis vêm ganhando espaço no mercado, já que apresentam propriedades intrínsecas e combinadas que são capazes de amenizar, e até mesmo resolver esse prejuízo. Todavia, nesse cenário nota-se que os polímeros biodegradáveis sozinhos não possuem propriedades suficientes para a substituição direta dos polímeros comuns (que não são biodegradáveis). Por conta disso, o estudo da incorporação de nanocargas nos polímeros biodegradáveis torna-se uma opção viável e importante, de modo a gerar nanocompósitos poliméricos com princípios ativos capazes de substituir embalagens convencionais. Com isso, o objetivo desse estudo foi realizar o tratamento de nanopartículas de haloisita (Hal) com plasma e posterior modificação com óleo essencial de orégano (OEO) para incorporação em matriz polimérica de poli(hidroxibutirato-co-hidroxivalerato) (PHBV), para a aplicação em embalagens ativas com propriedades antimicrobianas. Para isso, foram realizados tratamentos com os gases Ar, O₂, N₂ e H₂ na Hal, sendo as amostras analisadas posteriormente por espectroscopia no infravermelho com transformada de Fourier (FTIR). Em seguida, essas amostras foram modificadas com OEO por ultrassom em banho de gelo, e estas foram analisadas também por FTIR e foi feita uma quantificação do OEO incorporado através da secagem das amostras em estufa. Por fim, foram realizados ensaios de evaporação para analisar a interação óleo-argila. Os resultados para o FTIR das modificações com óleo indicaram o surgimento de novas bandas devido ao OEO, quando comparado com as amostras tratadas com plasma. A quantificação de OEO mostrou que o tratamento com plasma não auxiliou de maneira efetiva o aumento da incorporação de óleo nas argilas. Porém, os ensaios de evaporação mostraram que embora não tenha ocorrido mudanças no teor de óleo incorporado na argila, o tratamento com plasma indicou diferenças em termos de interação óleo-argila.