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Resumo:
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Neste resumo, descrevo os projetos que participei e as atividades que realizei durante 2021 e 2022, vinculadas ao Laboratório de Estudos de Gênero e História (LEGH) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), orientado pela professora Cristina Scheibe Wolff. Nesse período, trabalhei simultaneamente em dois projetos dentro do LEGH, o Projeto” Emoções e cuidado nas reivindicações dos movimentos de mulheres no Brasil”, onde desenvolvi trabalhos focados em entrevistas realizadas com pessoas que atuaram em movimentos sociais de esquerda durante a ditadura militar brasileira. Nesse projeto, busquei analisar as entrevistas e separar trechos das mesmas, apontando as emoções contidos na fala ou no relato em si que estava sendo apresentado, e dessa forma elaborei uma tabela com esses dados.
O outro projeto que fiz parte foi No Projeto “A Internet como campo de disputas pela igualdade de gênero”, onde tínhamos o objetivo de pesquisar grupos e discursos feministas e antifeministas dentro das redes sociais. Primeiramente realizamos encontros com um grupo de estudos, envolvendo também alunos e professores de áreas de tecnologia para conhecermos mais sobre ferramentas de busca dentro de redes sociais. Após isso, realizamos um grupo de estudos para debater teorias e metodologias de análises de questões sociais na internet. Para esse segundo grupo, lemos e debatemos o livro “Netnografia: realizando pesquisas etnográficas online” (2014), de Robert V. Kozinets, onde cada membro do grupo apresentou parte do livro para debatermos em reunião. Após isso, analisei canais com uma perspectiva conservadora, de direita e antifeminista, vendo os vídeos que abordassem conteúdos de gênero e analisando os dados e conceitos empregados nesses vídeos, para entender a forma como os argumentos eram construídos e apontar diversas distorções conceituais e descontextualização de dados frequentemente presentes neles. Uma dessas análises, do vídeo “O FEMINISMO PROVOU QUE O HOMEM É A MAIOR VÍTIMA DE VIOLÊNCIA”, do canal Canal Tragicômico, postado no dia 27 de setembro de 2019, foi apresentada por mim no XIX Encontro Estadual De História da ANPUH-SC, no Simpósio Temático “Emoções, afeto, memórias e gênero na História”, coordenado pela professora Janine Gomes da Silva. Nessa apresentação, revisei todos os dados apresentados no vídeo, mostrando diversos erros em seus usos, além de distorções conceituais na análise sociológica dos dados em questão.
Durante o período da bolsa, eu e as outras bolsistas dos projetos do LEGH participamos do Curso de formação em História Oral, ofertada pela ABHO. O intuito de nossa participação era adquirir um conhecimento mais aprofundado sobre as metodologias de pesquisa na História Oral, para que pudéssemos aplica-las em nossos trabalhos com o Repositório do LEGH. O curso abordou diversas temáticas, começando com aulas mais gerais sobre as particularidades e usos da História Oral, contando posteriormente com exemplos de trabalhos que se utilizassem desses métodos, além de dicas e recomendações sobre as partes técnicas das entrevistas, como equipamentos de gravação e técnicas com a câmera. Após finalizarmos o curso, preparamos uma oficina que resgatasse alguns dos principais pontos abordados. Nos dividimos em dois grupos para organizar a apresentação, sendo o meu grupo mais focado em explicar de que forma a História Oral contribui para a construção historiográfica como um todo, abordando de que forma a memória e os relatos pessoais contribuem para tal construção. O outro grupo abordou as partes técnicas de se conduzir uma entrevista, e os cuidados posteriores necessários para seus usos em trabalhos e publicações. A oficina foi apresentada em caráter aberto e remoto, pelo LEGH. Além da oficina, participei de reuniões de estudos promovidas pelo LEGH. |
