Análise dos Efeitos da Roteirização de Veículos sobre a Performance Térmica na Cadeia de Suprimentos do Frio

Abstract

Em um contexto econômico-social, a perda de produtos que requerem controle térmico se tornou cada vez mais notável e neste contexto surge a cadeia do frio. Esta é responsável por todas as etapas da cadeia logística (desde armazenamento até entrega ao cliente final) que envolvem o controle da temperatura e planeja assegurar que se mantenham as condições ideais. Portanto, este trabalho pretende analisar o comportamento da temperatura no interior do compartimento da carga durante a distribuição de produtos da cadeia do frio. Para realizar este estudo, dois principais fatores atuaram como ferramenta de teste para verificar a influência dos mesmos na temperatura no interior do compartimento de carga, sendo estes: o coeficiente β que define o quão passível o meio está de realizar a transferência de calor e, o padrão de remoção das caixas (produtos) assim como a variação das dimensões da caixa. Adicionalmente, dois métodos de roteirização foram implementados: heurística do vizinho mais próximo e algoritmo genético. Estes, foram comparados a fim de analisar o tempo total de deslocamento através das rotas obtidas e o tempo de execução do algoritmo. Foram adotadas diferentes premissas em relação à carga mais leve e pesada distribuídas como primeira ou última para verificar o impacto no tempo total de deslocamento e temperatura média durante todo percurso. Por fim, pôde-se concluir que a calibração realizada para o coeficiente β foi eficaz e o modelo conseguiu gerar resultados capazes de demonstrar um comportamento de temperatura próxima a um cenário real, permitindo analisar onde há maiores variações de temperatura durante a distribuição de produtos da cadeia do frio e, em qual etapa esta temperatura atingiu o valor máximo. Percebeu-se ainda que a performance do algoritmo genético foi superior à heurística do vizinho mais próximo ao encontrar rotas de menor tempo total de deslocamento em 10 dos 15 testes, com uma média de redução de tempo total de deslocamento (porcentagem de melhora) de 11,35% nestes 10 casos de sucesso.