Abstract:
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Desde que iniciou suas atividades, em 1984 (há 37 anos), o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox/SC) realizou 300.792 atendimentos de suporte ao diagnóstico e tratamento de intoxicações. No ano de 2021 foram realizados 19.482 atendimentos, dos quais 19.042 (97,7%) foram casos de exposição humana, 137 (0,7%) casos de exposição animal e 303 (1,6 %) solicitações de informação, sem a existência de vítima exposta. Houve um aumento de 7,6% em relação aos atendimentos do ano de 2020. Além do atendimento, foram realizados 17.839 acompanhamentos de casos até o seu encerramento. Como atividades de educação e ensino, além das participações em congressos e palestras, o CIATox/SC ofereceu estágios para acadêmicos das Residências Multiprofissional e de Urgência e Emergência e, na Graduação, para os Cursos de Medicina, Farmácia, Biologia e Design. Os grupos de agentes responsáveis pelo maior número de atendimentos foram os Medicamentos (31,9%) seguidos pelos Animais Peçonhentos/Venenosos (23,5%). A maioria das solicitações foi proveniente do estado de Santa Catarina, sendo 23,2% da macrorregião da Grande Florianópolis. Os meses quentes são os de maior ocorrência de atendimentos, principalmente em decorrência do aumento do número de casos de animais peçonhentos. A maior parte das solicitações foi realizada por profissionais da área da saúde (87,05%), principalmente médicos (78,30%) provenientes de Hospitais (55,05%), Unidades de Pronto Atendimento (23,05%) e Unidades Básicas de Saúde (8,17%). Ligações telefônicas das residências ocorreu em 11,01% dos casos. Em relação aos humanos a exposição ocorreu principalmente nas residências (80,01%). A distribuição dos casos humanos por gênero foi superior no gênero feminino (53,86%) em relação ao masculino (46,14%). Observa-se a predominância das exposições na faixa etária das crianças de 1 a 4 anos e nos adultos jovens de 20 a 29 anos e de 30 a 39 anos. A principal circunstância de exposição foi acidental (49,47%), seguida das tentativas de suicídio (28,95%) e de acidente ocupacional (5,98%). A via oral foi a mais frequente, ocorrendo em 46,38% dos casos; seguida da mordida/picada ou contato com animais peçonhentos ou não peçonhentos (36,40%). Conforme a Classificação de Gravidade Final e o escore de gravidade de intoxicações (Poisoning Severity Score – PSS) os casos foram classificados como gravidade final: leve (91,5%), seguida pela moderada (4,0%), grave (2,1%), nula (1,2%) e fatal (0,3%). Na maior parte dessas exposições o paciente apresentou-se curado (73,65%). Ocorreram 49 óbitos no total de 19.042 casos humanos atendidos (0,26%). Destes, 40 casos (0,21%) foram óbitos relacionados à intoxicação e 9 casos (0,04%) foram óbitos por outra causa. A circunstância mais frequente, nos casos que evoluíram a óbito, foi a tentativa de suicídio com 30 casos (75,0%). Na distribuição dos casos de óbitos de acordo com o sexo houve pouca diferença entre o sexo masculino correspondendo a 22 casos (55,0%) e 18 casos foram observados no sexo feminino (45,0%). |