Hidrogéis mucoadesivos de Nistatina para tratamento da mucosite oral

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Title: Hidrogéis mucoadesivos de Nistatina para tratamento da mucosite oral
Author: Völz, Luanna Gabriela
Abstract: A mucosite oral é um dos principais efeitos colaterais causados pelo tratamento antineoplásico, principalmente em casos de câncer de cabeça e pescoço. O manejo da mucosite oral é de suma importância uma vez que a prevenção da sua ocorrência ou aceleração da resolução permite doses terapêuticas de antineoplásico mais agressivas para o tumor, aumentando a taxa de sobrevida. Dados da literatura já estabeleceram relação positiva entre a mucosite oral e a colonização por Candida albicans e um dos principais fármacos utilizados para o tratamento deste fungo é a Nistatina. Atualmente, no mercado brasileiro temos disponível para uso oral somente a Nistatina na forma de suspensão oral, utilizada em bochechos, o qual o fármaco tem uma ação limitada com pouco tempo de contato entre a suspensão e o local afetado, sendo de grande dificuldade de uso pelo paciente devido à dor causada pelo quadro de mucosite oral. Diante disso, se faz necessário o desenvolvimento de uma forma farmacêutica contendo Nistatina para tratamento da mucosite oral que aumente o tempo de ação do fármaco no local afetado, aumentando a eficácia e adesão ao tratamento. Para isso, os polímeros HPMC e Carbopol foram utilizados para formulação de um hidrogel que permaneça aderido à mucosa oral. Foram obtidas um total de 20 formulações (10 hidrogéis base e 10 hidrogéis com Nistatina incorporada) de diferentes concentrações de HPMC e Carbopol, variando o veículo utilizado entre água e solução tampão fosfato. O pH dos hidrogéis variou entre 5,43 e 7,0 no decorrer de 40 dias de armazenamento em geladeira, não influenciando a ionização da Nistatina e também permanecendo dentro da faixa de pH ótima para aplicações na cavidade oral. O teste da espalhabilidade demonstrou que os hidrogéis feitos desenvolvidos com Carbopol obtiveram a maior espalhabilidade, seguido dos hidrogéis de HPMC e por fim os hidrogéis de mistura de Carbopol e HPMC. A utilização do tampão fosfato como veículo favoreceu o aumento da espalhabilidade dos hidrogéis quando comparado com as formulações que levaram água como veículo. A determinação da viscosidade apontou os hidrogéis de HPMC + Carbopol como os mais viscosos, seguido dos hidrogéis de Carbopol e por fim os de HPMC. A incorporação da Nistatina tende a aumentar a viscosidade dessas formulações. Foi possível caracterizar reologicamente apenas os hidrogéis 5, 5N, 6 e 6N, que se enquadram como Fluído Não Newtoniano do tipo pseudoplástico. O teste de bioadesão in vitro com utilização de discos de mucina permitiu avaliar a mucoadesão dos hidrogéis, demonstrando uma força de bioadesão extremamente superior para os hidrogéis de HPMC, seguido dos hidrogéis de Carbopol e Carbopol + HPMC com forças de bioadesão menores. O método elaborado para quantificação da Nistatina por UV-Vis mostrou-se como linear e seletivo. Os resultados de quantificação indicam que o fármaco permanece nas formulações sem grandes alterações. Análises posteriores são necessárias, porém os resultados encontrados neste estudo indicam potenciais novas formas farmacêuticas mucoadesivas de Nistatina para tratamento da mucosite oral induzida pela terapia do câncer.
Description: TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências da Saúde. Farmácia.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/238045
Date: 2022-07-27


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