Práticas integrativas e complementares em saúde no cuidado de crianças e de adolescentes com câncer

Abstract

INTRODUÇÃO: as Práticas Integrativas e Complementares são um tratamento que dispõe de recursos terapêuticos, os quais apresentam resultados positivos quando associadas ao tratamento convencional de diversas doenças. Trata-se de uma prática que contribui com a humanização na área da oncologia pediátrica e mostra-se como uma nova perspectiva de cuidado para ser implementada, haja vista que podem beneficiar os pacientes no suporte complementar ao tratamento, em especial frente aos efeitos colaterais da quimioterapia. OBJETIVO GERAL: descrever a utilização de práticas integrativas e complementares em saúde no cuidado da criança e do adolescente com câncer. MÉTODO: trata-se de um estudo do tipo descritivo e exploratório, com abordagem qualitativa. O estudo foi realizado entre os meses de março a maio de 2022, na unidade de internação e no ambulatório do Serviço de Onco-hematologia de um hospital infantil de referência no sul do país, com 20 pais e/ou responsáveis pela criança e/ou adolescente com câncer. Utilizou-se entrevista semi-estruturada e análise temática de Minayo. CUIDADOS ÉTICOS: o estudo está fundamentado nos preceitos éticos determinados pela Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde que trata da pesquisa envolvendo Seres Humanos, especialmente no que se refere à autonomia, anonimato, sigilo, beneficência, não maleficência e justiça social. RESULTADOS: emergiu em uma categoria: “um conjunto de práticas que podem ser utilizadas no cuidado à criança e o adolescente com câncer”. As Práticas Integrativas e Complementares são uma forma de tratamento recente no Sistema Único de Saúde, especialmente no contexto oncológico pediátrico. Embora haja pouco conhecimento dos pais e/ou responsáveis sobre esta prática, alguns expressaram interesse em buscar mais informações e inseri-las no cuidado da criança/adolescente com câncer durante o tratamento quimioterápico. Apresentam-se como uma prática positiva no cuidado à criança e ao adolescente com câncer, contribuindo para o manejo dos efeitos colaterais do tratamento e enfrentamento da doença, porém ainda está sendo utilizada de forma incipiente pelas famílias. Porém ainda está sendo utilizada de forma incipiente na área de oncologia pediátrica, seja no âmbito hospitalar e/ou domiciliar.