Campus universitário e espaço infraestrutural no Antropoceno: ensaio para a sede da Universidade Federal de Santa Catarina

DSpace Repository

A- A A+

Campus universitário e espaço infraestrutural no Antropoceno: ensaio para a sede da Universidade Federal de Santa Catarina

Show full item record

Title: Campus universitário e espaço infraestrutural no Antropoceno: ensaio para a sede da Universidade Federal de Santa Catarina
Author: Pavan, Luís Henrique
Abstract: A pesquisa objetiva compreender a complexidade do espaço infraestrutural no campus sede da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, através da intersecção entre as infraestruturas sociais, evidenciando o potencial de participação da universidade na formação de um novo paradigma de planejamento físico e organizacional no Antropoceno. Visto como modelo cultural e estrutura transdisciplinar, o Antropoceno é caracterizado pelas crises múltiplas e disrupção planetária, demandando escalas de ação política ubíquas e locais. O espaço infraestrutural é teorizado pelas infraestruturas em seus aspectos múltiplos, incluindo materialidade, ação e feições sociopolíticas pouco explícitas. Já o campus, enquanto tipologia e território das universidades, compartilha das qualidades de infraestrutura e, além de ser a principal escala de trabalho da pesquisa, é visto na qualidade de equipamento urbano e de rede de sociabilidades. À luz da abrangência temática, o escrito foi tripartido estruturando os capítulos a partir dos verbos conhecer, interatuar e visualizar. O campus da UFSC é conhecido pelo do conjunto de sistemas socioculturais, urbanos e biofísicos que conformam a sua paisagem. São identificadas as suas infraestruturas sociais através de eixos temáticos e focalizam-se as funções, as edificações e os espaços livres que as compõem. Em seguida, na seção interatuar, o espaço infraestrutural do campus é investigado a partir da noção de paradigma. As diretivas de análise concentram-se em dois pontos principais: disciplinaridade-espacialidades infraestruturais e ecologia-relações biofísicas. Com ênfase espacial, congregam-se documentos e planos administrativos-territoriais cujo impacto no planejamento da universidade tenha sido considerável. Enquanto a disciplinaridade é vista sobreposta ao espaço infraestrutural, segmentando-o, as relações biofísicas-ecológicas são abordadas a partir das noções de eficiência e reserva, ambos os fatores durames na conformação sociotécnica do campus. Em visualizar, o trabalho diagramático busca trazer à vista a localidade e a localização das infraestruturas sociais interligadas no território universitário. Salienta-se também a visão sistêmica desses artefatos, auxiliando na identificação da multiplicidade que essas localidades têm, com propósitos e impactos sociais distintos. O caráter deste trabalho projeta uma percepção efetiva das infraestruturas sociais distribuídas no território da UFSC, perpassando sistemas sociotécnicos entrelaçados em redes de componentes físicos, sociais e institucionais, todos fundamentalmente associados. Compreender o real impacto dos fenômenos ecossistêmicos e da sociabilidade requer mais do que interpretar suas características imediatas, sendo imprescindível identificar as condições sociais e estruturas que eles solicitam. Entende-se, portanto, que as universidades têm a capacidade de abarcar esses fenômenos extrapolando currículos e reforçando no território as inter-relações entre a sociedade e a ecologia, participando ativamente no novo paradigma do Antropoceno.Abstract: This research aims to investigate the complex infrastructural space of the Federal University of Santa Catarina's main campus in Florianópolis, Brazil. Through the interplay between social infrastructures and their complexities, the campus has a great potential to act critically in the face of the scenario posed by the Anthropocene. Framed as a cultural model and transdisciplinary structure, the Anthropocene is characterized by multiple crises and planetary disruption, demanding scales of political action that are simultaneously ubiquitous and local. We theorize the infrastructural space through its interrelated realms, including materiality, action, and sociopolitical domains. As the campus is the territory of the universities and a typology, it shares the sociotechnical aspects of the infrastructure, as agency and disposition. In addition to being the main work scale of the research, the campus is urban equipment and social network. Under these milestones, the methodological procedures were tripartite based on the verbs familiarize, interact, and visualize. In the Familiarize section, the UFSC campus is known for the set of sociocultural, urban, and biophysical systems that make up its landscape. Its social infrastructures are identified through main thematic axes, and the functions, buildings, and free spaces that comprise them are focused. Then, in the section called Interact, the infrastructural space of the campus is investigated based on the notion of paradigm. The analysis directives focus on two main points: disciplinarity-infrastructure spatialities and ecology-biophysical relations. Using a spatial emphasis, we brought together administrative-territorial documents and plans, considering mainly those which have the most impact on the university planning. While disciplinarity is seen as superimposed on the infrastructural space, segmenting it, the biophysical-ecological relationships are approached from notions of efficiency and reserve. Both factors critically alter the campus's socio-technical conformation. The method employs diagrams to map and locate the infrastructure space on campus in the Visualize section. The aim is to make visible the infrastructure axes based on the actions performed by them and their relationships. The research focused on identifying the multiplicity of these artifacts by employing a systemic approach while also highlighting their different social impacts and purposes. The character of this work projects a forceful perception of the social infrastructures distributed in the territory of the UFSC, passing through sociotechnical systems intertwined in networks of fundamentally associated physical and social components and institutional actions. Understanding the real impact of ecosystem phenomena and sociability requires more than interpreting their immediate characteristics, it is essential to identify the social conditions and structures they require. We understand, therefore, that universities could embrace these phenomena by extrapolating curricula and reinforcing in their territory the interrelations between society and ecology as an active new participant in the Anthropocene paradigm.
Description: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, Florianópolis, 2022.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/234994
Date: 2022


Files in this item

Files Size Format View
PARQ0453-D.pdf 33.29Mb PDF View/Open

This item appears in the following Collection(s)

Show full item record

Search DSpace


Browse

My Account

Statistics

Compartilhar