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Abstract:
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A criação de cavalos se mostra presente nas mais diversas regiões do Brasil, priorizando raças e aptidões de acordo com as necessidades do produtor, que podem ser para tração, esporte, trabalho, entre outras. O desmame faz parte de todos os sistemas produtivos, sendo de extrema importância para o crescimento e desenvolvimento do potro até à vida adulta. Diferente do natural, onde um potro convive com a mãe enquanto mama e aumenta a ingestão das forragens até o desmame total, não antes dos oito meses de idade; as práticas populares de desmame forçam a separação da mãe, que pode ser desde abrupta a gradual, em idades do potro que variam entre quatro e oito meses. Existem diversos estudos que comprovam que o desmame precoce forçado é um evento traumático para a égua e para os potros que, com o passar do tempo, podem apresentar comportamentos anômalos ou estereotipias, principalmente os potros estabulados, além de aumentar os riscos de doenças gastrintestinais e locomotoras, pela introdução precoce de concentrados na dieta dos potros desmamados. Aparentemente, o desmame na criação brasileira não segue um padrão, sendo realizada de acordo com a preferência e a facilidade do manejo de cada criador. Este estudo tem como objetivo verificar quais as práticas mais populares de desmame entre os criadores das diferentes raças e usos dos cavalos no Brasil, entender a ideia central que leva um criador a adotar determinada prática de desmame, e por fim verificar se o criador optaria por promover um desmame mais próximo ao natural se conhecesse os riscos do desmame precoce forçado. Um questionário online para respondentes voluntários anônimos, com perguntas de múltipla escolha, precedidas quando necessário de esclarecimentos e bases científicas para dar suporte às respostas foi divulgado em múltiplas mídias sociais. As perguntas foram direcionadas a saber: os dados demográficos dos equinocultores, anos dentro da atividade da equinocultura, raça e usos dos cavalos sob a responsabilidade do respondente, práticas de desmame adotadas com mais frequência, satisfação quanto às práticas utilizadas, e se mudaria de prática ao ser informado dos riscos do desmame precoce e forçado para um desmame natural. Observamos que no Brasil o desmame mais comum ainda é o abrupto e que ainda não há pretensão de mudar por parte de alguns participantes apesar do conhecimento de que existem formas mais vantajosas no ponto de vista do bem estar animal. |
