Escritor João da Cruz e Sousa: Análise de sua trajetória como patrimônio cultural

Abstract

A pesquisa “Escritor João da Cruz e Sousa: análise de sua trajetória como patrimônio cultural” tem como objetivo conhecer sua trajetória pessoal e intelectual, que contribuiu para a formação de seu patrimônio cultural. Mesmo com críticas ao seu estilo poético, o escritor recebeu duas alcunhas honoríficas: “Dante Negro” e “Cisne Negro”, e com as obras “Missal” e “Broquéis” inaugurou no Brasil, em 1893, o movimento literário Simbolismo. Outrossim, após a sua morte, o Palácio do Governador foi rebatizado com o seu nome. Assim, o objetivo geral é a análise do patrimônio cultural da Grande Florianópolis sobre Cruz e Souza. Os objetivos específicos são: reconhecer na literatura interdisciplinar sua trajetória; analisar sua memória pós-morte; e dialogar sobre o seu patrimônio cultural sob a guarda do Museu Histórico de Santa Catarina. Com relação à metodologia, esta pesquisa será qualitativa, com abordagem exploratória, e o método utilizado é o documental, com fontes em áreas interdisciplinares, com as quais se manteve diálogos sobre questionamentos dos conceitos dissertados no decorrer da pesquisa. Para análise, recorreu-se a documentos que contribuem para a contextualização em fontes primárias, arquivos públicos e privados, bem como ao acervo fotográfico da autora e o relato de visitas ao Museu Histórico de Santa Catarina. Conclui-se com esta pesquisa que há um descaso de políticas públicas em relação à preservação e conservação do patrimônio cultural do Memorial Cruz e Sousa, que reforça o silenciamento da identidade do indivíduo na Grande Florianópolis. Identificou-se também que, no audioguia do Museu Histórico de Santa Catarina, que descreve os acervos culturais salvaguardados pela instituição, não se menciona a Sala Cruz e Sousa para os públicos que desejam conhecer a história do anfitrião que dá nome ao museu.