Abstract:
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Objetivo: Analisar o perfil clínico-epidemiológico dos registros de solicitações de assistência toxicológica realizadas ao CIATox/SC provenientes de Unidades Básicas de Saúde. Método: Estudo descritivo, retrospectivo, transversal realizado com informações coletadas dos atendimentos por solicitantes de Unidades Básicas de Saúde do banco de dados do CIATox/SC, em pacientes, no ano de 2019. Resultados: Foram registrados 1440 casos, 72,08% solicitados por médicos (as), a macrorregião do Grande Oeste foi a mais demandante representando 25,4% dos atendimentos. Apenas 50 pacientes necessitaram de internação, sendo animais peçonhentos e medicamentos os principais agentes relacionados a necessidade de internação, representando 51,9% e 28,8% respectivamente. A faixa etária mais acometida foi a de 0 a 9 anos com 264 atendimentos, entretanto, pacientes com idades entre 20 a 58 anos representaram 58,75% dos registros. Mais da metade dos pacientes (57,63%) foram atendidos nas primeiras 24h do contato com o agente. O desfecho de cura foi o mais comumente atribuído aos atendimentos, seguido pelo desfecho de diagnóstico diferencial, cada um significando 53,8% e 39,3%, respectivamente. O agente mais frequente foram as suspeitas de animal peçonhento com 542 registros (37,6%) e esse agente foi associado a 92,4% dos atendimentos cujo desfecho foi diagnóstico diferencial. Conclusão: Houve um elevado índice de solicitações por causas que não foram classificadas como toxicológicas e sendo sugeridos diagnósticos diferenciais, os CIATox podem estar atuando além do escopo da toxicologia e prevenindo iatrogenias. Os casos foram leves em sua maioria com uma baixa quantidade de internações, das 1440 solicitações provenientes de Unidades Básicas de Saúde, nenhum óbito foi registrado. |