Desigualdades sociais na prevalência do não uso de preservativo na população brasileira: Pesquisa Nacional de Saúde 2019

Abstract

RESUMO

Objetivo: Investigar as desigualdades sociais na prevalência do não uso de preservativos no Brasil. Métodos: Estudo transversal com 61.523 brasileiros com 18 anos ou mais que participaram da Pesquisa Nacional de Saúde 2019. Regressões brutas e ajustadas de Poisson testaram associação entre não uso do preservativo nas relações sexuais do último ano (desfecho) e variáveis independentes socioeconômicas e demográficas. Resultados: A prevalência do não uso de preservativo foi 59,7%. Esta prevalência foi maior entre participantes de todas as regiões em relação à Norte, residentes em zona rural, mulheres, em participantes de todas as faixas etárias em relação à 18 e 24 anos de idade, entre casados, com escolaridade até 8 anos de idade e naqueles pertencentes aos quintos mais pobres de renda familiar per capita. Conclusão: Os resultados reforçam a necessidade de intervenções direcionadas e maior garantia de acesso aos grupos com maior prevalência do não uso de preservativo.

Palavras-chave: Doenças Sexualmente Transmissíveis; Preservativos; Comportamento Sexual; Fatores Socioeconômicos.

ABSTRACT

Objective: To investigate social inequalities in the prevalence of the non-use of condoms in Brazil. Methods: Cross-sectional study with 61.523 Brazilians aged 18 years or older who participated in the 2019 National Health Survey. Crude and adjusted Poisson regressions tested the association between not using condoms in sexual intercourse in the last year (outcome) and independent socioeconomic and demographic variables. Results: The prevalence of not using condoms was 59.7%. This prevalence was higher among participants from all regions compared to the North, residents in rural areas, women, participants of all age groups compared to 18 and 24 years of age, among married people, with education up to 8 years of age and in those belonging to the poorest quintiles of per capita household income. Conclusion: The results reinforce the need for targeted interventions and greater guarantee of access to groups with a higher prevalence of non-use of condoms.

Keywords: Sexually Transmitted Diseases; Condoms; Sexual Behavior; Socioeconomic Factors.

RESUMÉN

Objetivo: Investigar las desigualdades sociales en la prevalencia del no uso de preservativos en Brasil. Métodos: Estudio transversal con 61.523 brasileños de 18 años o más que participaron en la Encuesta Nacional de Salud de 2019. Las regresiones de Poisson crudas y ajustadas probaron la asociación entre no usar preservativos en las relaciones sexuales en el último año (resultado) y variables socioeconómicas y demográficas independientes. Resultados: La prevalencia de no usar preservativo fue del 59,7%. Esta prevalencia fue mayor entre participantes de todas las regiones en comparación con el Norte, residentes en áreas rurales, mujeres, participantes de todos los grupos de edad en comparación con 18 y 24 años, entre personas casadas, con educación hasta los 8 años y en aquellos pertenecientes a los quintos más pobres del ingreso familiar per cápita. Conclusión: Los resultados refuerzan la necesidad de intervenciones focalizadas y una mayor garantía de acceso a grupos con mayor prevalencia de no uso de preservativo.

Palabras-clave: Enfermedades de Transmisión Sexual; Condones; Conducta sexual; Factores socioeconómicos.