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Resumo:
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O grande e desenfreado crescimento populacional somado aos comportamentos consumistas, aos modos de produção poluentes e a má exploração dos nossos recursos naturais formou um conjunto de comportamentos que conduziu a humanidade a uma grande crise socioambiental. A origem dos alimentos que chegam às nossas mesas está intimamente relacionada a isso. Baseada no lucro e no aumento da produção, a fim de garantir o fornecimento de alimentos durante o ano inteiro e em larga escala, juntamente a produção capitalista do espaço urbano, expulsou quase inteiramente essas práticas do contexto das nossas cidades. Nosso alimento é produzido cada vez mais longe de nossas mesas, e o ser humano, refém da urbanização que construiu ambientes urbanos cada vez mais nocivos aos seus habitantes, se encontra cada vez mais desconectado do ambiente natural. Sendo assim, podemos considerar as práticas remanescentes de agricultura urbana como uma forma de resistência, porque lutam contra a sua expulsão do solo urbanizado.
A agricultura urbana está baseada na luta por esse solo, concentrado cada vez mais nos poderes da especulação imobiliária. Diante disso, a importância dos movimentos sociais para a continuidade dessas práticas nesse contexto, apoiados pelos princípios de planejamento da Permacultura e pelo modo de produção da Agroecologia na luta contra o modo de produção capitalista, por uma relação harmônica e sustentável entre a nossa sociedade e o ambiente onde vivemos.
Compreendendo que uma maior proximidade entre a produção de alimentos e o consumo dos mesmos pode ser benéfica ambientalmente, socialmente e economicamente, este trabalho tem como principal objetivo estreitar esta relação, e por meio dela promover a reconexão do ser humano urbanizado com a natureza. Através da criação de mecanismos, em diversas escalas, viabiliza e dá suporte a apropriação das pessoas de modo adequado pelas práticas de Permacultura Urbana.
O trabalho se inicia por uma pesquisa teórica a respeito da Agricultura, da Permacultura e da Agroecologia, bem como o enfoque dessas práticas dentro do contexto de Florianópolis. Tem sua continuidade a partir do desenvolvimento de um levantamento das principais técnicas e diretrizes possíveis dentro do contexto urbano, e também do desenvolvimento de mobiliários urbanos que viabilizam a Produção, a Comercialização e o Descarte, respectivamente, de produtos da Permacultura Urbana. Por fim, a elaboração de um equipamento comunitário e educativo no Jardim Botânico de Florianópolis voltado à disseminação dos conhecimentos da Permacultura e ao apoio a essas práticas, de modo a coordenar essas ações e promover o fortalecimento de uma rede de pequenas intervenções na cidade de Florianópolis. |
