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O crescimento anual da população global, e o avanço de tecnologias no campo e na indústria aumentam a oferta de alimentos para suprir o correspondente aumento da demanda. Ainda assim, há centenas de milhões de pessoas que passam fome. A quantidade de alimentos produzidos hoje seria capaz de alimentar todas as quase 8 bilhões de pessoas no mundo, mas a dificuldade de acesso e a magnitude de perdas e desperdícios potencializam o cenário de subalimentação global. Os alimentos perecíveis são os maiores alvos de descartes na cadeia de suprimentos, atingindo perdas acima de um terço de toda sua produção. Para frutas e hortaliças, mais da metade da produção pode ser comprometida devido as falhas de acondicionamento, distribuição, armazenamento e comercialização. Estas etapas compõem os elos logísticos da cadeia de suprimentos. Quando há refrigeração com objetivo de preservar as condições adequadas aos produtos, esta cadeia é denominada de cadeia do frio. Para melhor compreensão da sua utilização, vulnerabilidade e potencial, este trabalho reuniu um compilado bibliográfico de aproximadamente 260 documentos. Destes, 141 relacionados diretamente com as tecnologias para promoção e manutenção do frio na busca de redução de perdas e desperdícios de alimentos perecíveis. Constatou-se que a remoção do calor desde a produção (base da cadeia) até a residência do consumidor é considerada indispensável. A redução na qualidade e segurança dos produtos esta diretamente ligada às falhas decorrentes desse processo. Sendo elas ramificadas ou pontuais, tais como a negligência do pré resfriamento, transportes fracionados e inadequados, acondicionamento precário ou armazenamento, distribuição e exposição desordenado; resultam no rejeito comercial e, um potencial risco à saúde do consumidor. Neste contexto, o investimento das grandes redes de distribuição, indústrias alimentícias e entidades governamentais têm se direcionado para a rastreabilidade destes produtos. Buscando, com o auxílio de tecnologias como embalagens inteligentes, transporte intermodais, uso de redes sem fio (RSSF e RFID) e cadeia em Blockchain, rastreabilidade, medir, mensurar e intervir nos parâmetros que envolvem todo o percurso do pós-colheita à exposição, pode garantir um produto de melhor qualidade, segurança e reduzir as perdas na cadeia produtiva, minimizando o desperdício e aumentando a oferta de alimentos, principalmente nos grandes centros. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar as tecnologias convencionais e emergentes utilizadas na cadeia de suprimentos para conservação de alimentos, a partir de uma avaliação da rastreabilidade quanto a geração de desperdícios e soluções para sua redução. |
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