Pesquisa sobre Gestão dos Odores em Sistema de Esgoto - Estudo em Balneário Camboriu
Author:
souza, marina victoria da silva
Abstract:
Áreas residenciais cada vez mais próximas as estações de tratamento de esgotos (ETE) trazem reclamações acerca das emissões odorantes e expõem seus impactos na população. A intensidade e o espalhamento dos odores decorrentes dessas instalações dependem de inúmeros fatores, como das características da fonte emissora, da meteorologia, da variabilidade dos compostos e da topografia. O uso de modelos de emissão e dispersão com o intuito de prever o impacto tem sido uma abordagem adotada em larga escala. Modelagem de odores com a adoção de emissões constantes são comumente utilizadas, já que há uma dificuldade de medição in loco das emissões de ETE, principalmente nas superfícies líquidas passivas. Porém, essa prática não é fiel a realidade e induz uma sucessão de erros que são propagados da estimativa de emissão para os modelos de dispersão, resultando em estimativas falhas de distâncias de separação, o que dificulta prevenir o impacto odorante sentido pelos receptores. A modelagem de dispersão de odores na atmosfera deve retratar a realidade e seu resultado deve auxiliar na tomada de decisão, por isso a adoção de emissões variáveis e realísticas é um ponto crucial na análise de impacto odorante. O objetivo desse trabalho é investigar a sensibilidade do acoplamento de modelos de emissão e dispersão atmosférica por meio de uma análise teórica das duas modelagens, uma com emissão constante e outra variável, fazendo uma revisão bibliográfica de artigos relacionados estritamente com o tema. Como resultado, foi possível perceber que o impacto odorante ocasionado por emissões variáveis são mais fieis a realidade e permitem prever melhor o impacto causado por essa fonte. Também foi possível verificar quais aspectos interferem de forma direta no impacto odorante nas áreas adjacentes às ETE.