A disseminação dos saberes expertos no domínio da infância: discursos médicos em torno da infância socialmente problemática
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dc.contributor |
Universidade Federal de Santa Catarina |
pt_BR |
dc.contributor.advisor |
Mitjavila, Myriam |
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dc.contributor.author |
Lima, Nícolas Bonelli |
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dc.date.accessioned |
2021-08-25T00:51:32Z |
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dc.date.available |
2021-08-25T00:51:32Z |
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dc.date.issued |
2021 |
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dc.identifier.uri |
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/227417 |
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dc.description |
IC |
pt_BR |
dc.description.abstract |
O trabalho teve por objetivo examinar os olhares da psiquiatria sobre a infância considerada
problemática, em função de atributos e comportamentos definidos como disruptivos de
acordo a determinados parâmetros de normalidade. Do ponto de vista teórico, a perspectiva
adotada se apoiou: a) na consideração da infância como dimensão das tecnologias biopolíticas
na modernidade ; b) no conceito de medicalização de Robert Conrad (2010), que denota o
conjunto de processos caracterizados pela codificação médica de problemáticas anteriormente
localizadas fora do seu domínio; c) na análise do papel das neuronarrativas (MARTÍNEZ-
HERNÁEZ, 2017) nos discursos da psiquiatria contemporânea, caracterizadas pelo
protagonismo de explicações biológicas e de modelos terapêuticos centrados em intervenções
farmacológicas voltadas para a “normalização” dos comportamentos. O desenho
metodológico compreendeu a análise qualitativa de conteúdo de artigos científicos publicados
em periódicos nacionais da área da neuropsiquiatria. Em função das limitações impostas pela
pandemia de SARS – Covid 19, o domínio empírico da pesquisa foi limitado aos artigos
publicados na Revista Brasileira de Psiquiatria no período 2021-2020, levando em
consideração a importância da publicação na área da psiquiatria e a sua disponibilidade em
formato digital. Da análise preliminar dos 25 artigos selecionados, destaca-se: a) o
predomínio da utilização das categorias diagnósticas TDAH, TOC, TOD, bipolaridade,
transtornos do humor e comportamento suicida na descrição e codificação neuropsiquiátrica
do perfil da infância problemática. Em contrapartida, observa-se a ausência de referências a
condições que a psiquiatria infantil associava à figura da criança-problema em períodos
anteriores MITJAVILA, 2020), tais como as relativas ao grupo das deficiências cognitivas; b) a
presença de regularidades discursivas que sugerem o predomínio de modelos etiológicos
baseados na atribuição de causas neurocerebrais e epigenéticas aos diversos tipos de
comportamentos disruptivos, bem como a referência, em menor medida, ao papel etiológico
da família como fator intercorrente, propiciador ou, ainda, propriamente patogênico na
constituição da infância-problema. |
pt_BR |
dc.format.extent |
1 |
pt_BR |
dc.language.iso |
pt_BR |
pt_BR |
dc.publisher |
Florianópolis |
pt_BR |
dc.subject |
risco, bipolítica, medicalização da infância, periculosidade, psiquiatria |
pt_BR |
dc.title |
A disseminação dos saberes expertos no domínio da infância: discursos médicos em torno da infância socialmente problemática |
pt_BR |
dc.type |
Video |
pt_BR |
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