Espacializações coloniais: a produção cartográfica e a dinâmica espacial da economia colonial (Brasil, séc. XVI-XVIII).

Abstract

O debate sobre a administração e os rumos dados ao aparato estatal são marcantes na historiografia brasileira em qualquer período que esta tenha se dignado a abordar. O presente trabalho intentou realizar uma contribuição para tal discussão por meio da análise documental de registros de concessões de patentes e provisões destinadas a compor o aparelho administrativo da capitania de São Paulo, durante a primeira metade do século XVIII, em suas mais variadas instâncias de poder. Com o estudo sistemático dos dados obtidos conseguiu-se elaborar informações relativas aos agentes sociais aos quais foram concedidas patentes e provisões, os ordenados inerentes aos cargos, valores pagos nas arrematações e a acumulação de funções administrativas por um mesmo sujeito. Ao lançar mão de ferramentas que possibilitaram estabelecer uma comunicação entre as informações obtidas a partir do manuseio das fontes primárias e a componente territorial da História se pôde colaborar para com o discurso historiográfico aclarando questões ligadas a espacialização da economia mundo europeia, bem como, das relações de poder nela imbricadas, em solo americano.