Efeito do envelhecimento na secreção de vasopressina (VP) e na ingestão hídrica: interação central entre apelina e o neurotransmissor óxido nítrico (NO)
Efeito do envelhecimento na secreção de vasopressina (VP) e na ingestão hídrica: interação central entre apelina e o neurotransmissor óxido nítrico (NO)
Efeito do envelhecimento na secreção de vasopressina (VP) e na ingestão hídrica: interação central entre apelina e o neurotransmissor óxido nítrico (NO)
Author:
Ferreira, Vihvian Portela Josy; Gonçalves, Ana Caroline; Bachi, Jaine; Schlosser, Larissa; Reis, Wagner Luis
Abstract:
O trabalho executado no programa de iniciação científica se deu na elaboração de uma revisão bibliográfica. Os objetivos da revisão foram descrever a relação entre Angiotensina II (Ang II) e adipocina anti-inflamatória apelina, verificar a provável relação entre apelina e o SARS-CoV-2 e identificar o possível papel da apelina em indivíduos obesos e idosos infectados pelo SARS-CoV-2. O surto de Síndrome Respiratória Aguda Grave Coronavírus 2 (SARS-CoV-2) atingiu o status de pandemia, que ficou conhecida como COVID-19. O SARS-CoV-2 age além do sistema respiratório e tem ações sistêmicas no SNC, renal e cardiovascular e apresenta associação ao Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona. A Ang II regula a pressão arterial e o equilíbrio hidro-eletrolítico. A porta de entrada para o vírus acontece pela ligação da ECA2. A degradação da Ang II em Ang 1-7 depende da ECA 2, como consequência, maior quantidade de Ang II favorecendo reações inflamatórias. Foi observada a alta taxa de óbitos em indivíduos obesos e idosos. A revisão busca entender porque esses indivíduos são mais suscetíveis e apresentam quadros inflamatórios mais severos. A resposta imunológica causada pela infecção leva a um quadro conhecido como tempestade de citocinas. Estudos apontam que a apelina, com propriedades anti-inflamatórias, pode ajudar na recuperação contra covid-19. A apelina exibe potencial tratamento para COVID-19, por meio da supressão da produção de ECA e Ang-II. Em indivíduos obesos, apesar dos mecanismos permanecerem desconhecidos, a alteração na produção de adipocinas, incluindo a apelina, é um mecanismo em potencial para explicar o efeito na gravidade da infecção. A obesidade está associada à maior produção de ANG II e na alteração da expressão da ECA2, consequentemente um acúmulo de ang II e maior estímulo a reações hiper inflamatórias. A ECA2 está expressa no tecido adiposo, possivelmente, o excesso de adiposidade leva a uma maior severidade da infecção. O SARS-CoV-2 ao inibir a ECA2 potencializaria a inflamação já existente nesses indivíduos. No que se sabe sobre o envelhecimento, a ideia de que fatores associados à idade, como a ativação crônica do SRAA, regulam negativamente o sistema apelinérgico e estão relacionados ao mau prognóstico e a maior taxa de óbitos em idosos infectados. A função do sistema apelinérgico durante o envelhecimento está reduzida. É reconhecido que a apelina é importante na indução da sede. O envelhecimento está relacionado ao aumento dos níveis de citocinas pró-inflamatórias e redução dos níveis de citocinas anti-inflamatórias. Os desequilíbrios eletrolíticos foram descritos em mais da metade dos casos de hospitalização. Os distúrbios mais ocorrentes são: a hiponatremia e a síndrome de secreção inapropriada do hormônio antidiurético. Indivíduos obesos e idosos infectados pelo SARS-CoV-2 podem apresentar alta taxa de óbitos relacionado à disfunção do sistema apelinérgico. Por ora, é preciso realizar mais estudos para que essa hipótese seja comprovada.