Os gêneros não-ficcionais e híbridos nas literaturas em inglês: A correspondência de Virginia Woolf

Abstract

A presente iniciação científica (IC), essencialmente atrelada à figura da escritora inglesa Virginia Woolf, teve como intento primordial a análise das diversas manifestações de discursos auto/biográficos em sua correspondência. Partindo da fortuna teórica sobre o gênero epistolar, compreendendo principalmente textos fundantes como O gênero epistolar ou o pensamento nômade (2016) de Brigitte Diaz, ou, ainda, Epistolarity: Approaches to a Form (1982), de Janet Gurkin Altman, a pesquisa se deu majoritariamente em fontes bibliográficas primárias como a edição em seis volumes das cartas da escritora, publicadas entre 1977 e 1982. No decorrer da IC houve um recorte de análise que visou focar na correspondência não só ativa como também cruzada de Woolf em cartas publicamente endereçadas a jornais e revistas de sua época, assim como menções a essas cartas feitas na correspondência privada. Por fim, foi analisada uma nova edição da correspondência amorosa entre Woolf e a também escritora Vita Sackville-West, publicada em 2021. A pesquisa permitiu o desvelar de retratos multifacetados de Virginia Woolf que emergem apenas — e essencialmente — no espaço epistolar.