Impacto do furoato de mometasona sobre a homeostase glicêmica e lipídica: busca por um glicocorticoide com menos efeitos adversos

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Impacto do furoato de mometasona sobre a homeostase glicêmica e lipídica: busca por um glicocorticoide com menos efeitos adversos

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Title: Impacto do furoato de mometasona sobre a homeostase glicêmica e lipídica: busca por um glicocorticoide com menos efeitos adversos
Author: Almeida, Milena dos Santos
Abstract: Os glicocorticoides (GCs) sintéticos são fármacos que apresentam atividade anti-inflamatória e imunossupressora. A estrutura base dessa classe de fármacos é derivada dos hormônios endógenos de mesmo nome, que têm o cortisol como seu principal representante em humanos, e cuja produção é regulada pelo eixo hipotalâmico-hipofisário-adrenal. Os GCs sintéticos são prescritos na clínica para o tratamento de doenças como asma, alergias, artrite reumatoide, doenças inflamatórias intestinais e esclerose múltipla, além de serem prescritos em casos de transplante de órgãos para prevenção de possíveis respostas do sistema imune contra o órgão transplantado. Apesar de sua ação anti-inflamatória e imunossupressora, os GCs apresentam inúmeros efeitos adversos em todos os sistemas do organismo, como a atrofia da pele, acne esteroidal, osteoporose, atrofia muscular, cataratas, retardo do crescimento, hipertensão e trombose. As alterações sobre o metabolismo estão entre as mais prevalentes, e incluem a resistência à insulina e a intolerância à glicose. Uma considerável parte desses efeitos adversos é mediada pelo receptor de GC, agindo pela via de transativação gênica, enquanto a via de transrepressão por inibição direta de fatores pró-inflamatórios é mais associada aos efeitos anti-inflamatórios e imunossupressores. Nesse sentido, o GC furoato de mometasona (FM), empregado de forma tópica ou inalatória apenas, parece ser um forte candidato para uso sistêmico por ter sido demonstrado in vitro que atua preferencialmente por receptores Farsenoid X. Um empecilho para sua utilização em estudos de modelos animais envolvendo vias não convencionais na clínica, como a oral e intraperitoneal, é a baixa biodisponibilidade do FM em meio aquoso. Uma solução encontrada para esse problema foi a formulação de nanoemulsões de FM em fase aquosa. Assim, nosso projeto pretende estender estudos já iniciados pelo grupo com o FM (sem uso de nanoemulsões) e neste momento buscaremos verificar se as nanoemulsões de FM mantêm os efeitos anti-inflamatórios em um modelo de peritonite, bem como se promove efeitos adversos sobre o metabolismo da glicose em ratos. Hipotetizamos que as nanoemulsões de FM exerçam ações anti-inflamatórias a partir de uma administração sistêmica (oral) com menor quantidade de efeitos colaterais.
Description: Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica. Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Biológicas. Departamento de Ciências Fisiológicas.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/226418
Date: 2021


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