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O desenvolvimento de novos biomateriais a serem utilizados em aplicações biomédicas e tecnológicas, é uma área de estudo que tem ganhado interesse nos últimos anos. Entre os biomateriais mais promissores, destaca-se a hidroxiapatita (HA) [Ca10(PO4)6(OH)2], um fosfato de cálcio que compõe 70% da parte inorgânica do osso humano. Propriedades como baixa toxicidade, bioatividade, biocompatibilidade e osteocondutividade fazem com que este material seja muito atraente para a área biomédica. Apesar de todas estas características vantajosas, ainda existe uma necessidade de ampliar e melhorar as suas propriedades. Umas das possibilidades, seria a incorporação de carbon dots na hidroxiapatita, criando um nanocompósito (HA/CDs). Os Carbon dots (CDs) são materiais com um diâmetro menor que 10 nm, com uma morfologia esférica e a base de carbono. Este material nanoestruturado possui baixa citotoxicidade, fotoestabilidade, rápida síntese e fotoluminescência. Devido a sua estrutura química, este material é aplicado na detecção de analitos orgânicos e inorgânicos, degradação fotocatalítica, entre outras aplicações. No entanto, a síntese tradicional de nanocompósitos HA/CDs envolve o uso de surfactantes tóxicos e caros como templates para modificar as propriedades deste biomaterial. Em face deste problema, este estudo procurou avaliar o efeito da Euclea natalensis como template e precursor verde na síntese de nanocompósito HA/CDs aplicando várias metodologias para aplicações biomédicas e ambientais. Para tal, foi realizadas quatro sínteses pelo método hidrotermal, devido a sua simplicidade. As amostras preparadas foram caracterizadas por DLS ou espalhamento dinâmico da luz , por potencial zeta e por meio da varredura de intensidade fluorescente. Para verificar o potencial de fotodegradação dos carbon dots foi empregado uma solução de azul de metileno (AM) , poluente encontrado no meio ambiente. A partir do DLS, obteve-se um tamanho médio de partícula de 353 nm e o potencial zeta indicou a estabilidade do nanocompósito. Adicionalmente, por meio da varredura obteve-se que o comprimento de onda de maior excitação é de 260 nm e que, a partir de 300 nm,os carbon dots não apresentam mais fluorescência. Os ensaios de fotocatálise heterogênea mostraram que os carbon dots apresentam 49,11 % de remoção do azul de metileno do meio. Os resultados preliminares são promissores, visto que a maioria de CDs sintetizados com este método só apresentam fluorescência a partir de 300 nm. Portanto, ressalta-se a necessidade de mais estudos com este biomaterial. |
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